Por Luca Boni
O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (18) em queda, pressionado pelas ações da Vale. Durante boa parte do pregão, o índice operou sem direção definida à medida que os investidores ajustam suas posições e aguardam uma série de decisões de política monetária ao redor do mundo.
O Ibovespa encerrou em queda de 0,40%, aos 118.288 pontos, próximo da mínima da sessão. A sessão teve volume de R$14,1 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
O mercado está em compasso de espera, em relação à quarta-feira, quando acontecerá a famosa “Superquarta”, dia em que ocorre a decisão de juros aqui e nos EUA, avaliou o diretor de research da Quantzed, Leandro Petrokas.
Segundo o TC Consenso, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve reduzir a taxa Selic em 50 pontos-base, para 12,75% ao ano. Já para a decisão do Federal Reserve, o mercado espera uma manutenção das taxas de juros, no nível entre 5,25% e 5,50%.
Entre as ações, destaque para as ON da Vale, as PN da Gerdau e as ON da PRIO, que recuaram 1,18%, 3,26% e 2,51%, na sequência, sendo as maiores detratoras por pontos do índice.
De acordo com o especialista em mercado de capitais e sócio-fundador da GT Capital, Marcus Labarthe, as preocupações com o setor imobiliário na China têm gerado mais cautela entre os investidores com o setor de mineração e siderurgia.
Entre as maiores quedas percentuais, estavam as ON da Casas Bahia, da Vamos e da Totvs, que recuaram 3,95%, 5,66% e 4,10%, respectivamente.
As ações da Vamos foram pressionadas e atingiram o menor nível desde março de 2022, após serem rebaixadas para “neutra” e ter o preço-alvo cortado para R$13,50 pelos analistas do Bank of America, que veem uma desaceleração da empresa.
Na ponta oposta, as ON e PN da Petrobras e as ON da BRF avançaram 1,25%, 0,71% e 4,35%, respectivamente, sendo as maiores contribuidoras por pontos do Ibovespa.
Entre as maiores altas percentuais do índice, as PNA da Braskem, as ON da Magazine Luiza e da YDUQS, que ganharam 5,84%, 4,03% e 4,74%, nesta ordem.