Por Luana Franzão e Luca Boni
O Ibovespa fechou a sessão desta sexta-feira (14) em queda, em movimento de ajuste após a forte alta registrada ontem. As ações da Petrobras pressionaram o índice e investidores reagiram à divulgação das Vendas no Varejo mais fracas que o esperado, que se refletiu principalmente no desempenho de papeis de setores ligados ao consumo interno.
O Ibovespa fechou em queda de 1,30%, aos 117.710 pontos. A sessão teve volume de R$15,4 bilhões, abaixo da média de 50 pregões. Em termos semanais, o índice caiu 1,00%.
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Para o analista de investimento da Mirae Asset e Corretora, Pedro Galdi, o índice recua também em um movimento de “ajuste técnico”, com investidores corrigindo suas posições após a forte alta registrada ontem.
As ON e PN da Petrobras recuaram 2,11% e 1,96%, respectivamente, sendo as maiores detratoras do índice. As ações da estatal acompanharam o movimento do contrato futuro de petróleo Brent no exterior, que recuou mais de 2% na sessão.
“O preço do barril de petróleo subiu bastante nos últimos dias e a Petrobras não fez nenhum ajuste nos combustíveis, aumentando a defasagem do preço doméstico em relação ao internacional. Com isso, o receio entre os investidores de que a companhia possa voltar a sofrer atitudes de ingerência em relação aos preços de combustíveis aumentou”, afirmou o analista da Guide Investimentos, Mateus Haag.
Pela manhã, foram divulgadas Vendas no Varejo de maio abaixo do consenso. O Índice de Consumo (Icon) da B3 caiu 2,02%.
Segundo o economista e fundador da Eu me Banco, Fabio Louzada, “os dados de varejo abaixo do esperado sinalizam mais uma vez que o setor tem tido muitas dificuldades com as taxas de juros altas”.
As maiores quedas percentuais foram das ON da BRF, e das PN da Azul e da Gol, que desvalorizaram 6,71%, 6,29% e 5,88%, nesta ordem. Em uma dia predominantemente negativo para o mercado acionário, apenas quatro dos 86 ativos que compõem o Ibovespa fecharam em alta, com destaque para as ON da Méliuz, que dispararam 13,26%, a R$8,03.
