Por: Luca Boni
O Ibovespa encerrou a sessão desta terça-feira em queda, revertendo os ganhos registrados ao longo de praticamente todo o pregão, pressionado pelas ações da Vale e da Magazine Luiza. A Petrobras se destacou na ponta positiva, com investidores repercutindo a divulgação de balanços corporativos e o texto do arcabouço fiscal no Congresso.
O Ibovespa fechou em queda de 0,77%, aos 108.193 pontos, interrompendo uma sequência de oito pregões consecutivos. A sessão registrou volume de negociação de R$21,3 bilhões, acima da média de 50 pregões, que está em R$18,4 bilhões.
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As ON da Magazine Luiza despencaram 22,83%, com um forte volume de negociação e registrando a maior queda desde sua oferta pública inicial, em maio de 2011. Ontem, a varejista registrou prejuízo líquido no primeiro trimestre acima do previsto pelo consenso Mover.
As ON do Banco do Brasil recuaram 2,88%, figurando entre as maiores quedas percentuais do índice. Ontem, após o fechamento do pregão, o banco estatal registrou lucro líquido no primeiro trimestre levemente abaixo do consenso Mover.
Em um pregão predominantemente negativo para o mercado acionário em geral, apenas 15 dos 86 ativos que compõem o Ibovespa avançaram. O destaque positivo foi das ON e PN da Petrobras, que valorizaram 2,24% e 2,49% respectivamente. Mais cedo, a empresa divulgou mudanças na política de preços que era praticada desde 2016.
As ON da Hapvida avançaram 8,25%, liderando as altas percentuais do Ibovespa, seguidas pelas ON da Rede D’Or, que subiram 6,72%. Ontem, ambas reportaram lucro acima do esperado pelos analistas no primeiro trimestre.
Na seara política, o relator do arcabouço fiscal, deputado Claudio Cajado (Progressistas) apresentou hoje na Câmara dos Deputados um texto substitutivo e mais rígido para o projeto, com mudanças importantes em relação ao original, e prometeu votação no plenário da Casa até 24 de maio.
Segundo o analista CNPI Rodrigo Cohen, o mercado recebeu de forma positiva o texto do arcabouço, porém, a apresentação da regra fiscal não será suficiente para fazer com que os juros caiam no Brasil.
O texto ainda não é “decisivo” para que os juros possam cair nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), disse Cohen. “Além disso, recentemente tivemos a divulgação de dados do [Índice Nacional de Preços Amplo] IPCA acima do esperado, o que corrobora para os juros se manterem lá em cima”, completos.
