Por Luana Franzão e Luca Boni
O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (13) em alta, retornando ao patamar dos 119 mil pontos, com a atenção de investidores mais uma vez voltadas aos Estados Unidos, onde os dados de inflação ao produtor vieram mais fracos do que o esperado e ajudaram a elevar o apetite ao risco global. O Ibovespa fechou em alta de 1,36%, aos 119.263 pontos. A sessão teve volume de R$15,8 bilhões abaixo da média de 50 pregões.
Divulgado mais cedo nos EUA, o índice de preços ao produtor (PPI, em inglês), desacelerou acima do consenso na base mensal e anual do dado cheio e do núcleo em junho.
Os dados do PPI, assim como a Inflação de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho reportada ontem nos EUA, mostraram que a pressão inflacionária tem arrefecido no país e sugerem que o Fed pode estar próximo do fim do ciclo de aperto monetário, indicando apenas mais uma alta de juros até o final do ano – a perspectiva de juros menores melhoram o cenário para o investimento em ativos de renda variável.
No mercado acionário, as maiores contribuidoras para o avanço do Ibovespa foram as ON da Vale, que subiram 2,33%, seguindo a valorização do minério de ferro na China.
O pregão também foi positivo para a maioria das “blue chips” – empresas com grande participação na bolsa. As PN da Petrobras, do Bradesco, e as as ON da B3 e da Eletrobras subiram 1,5%, 2,48%, 2,18% e 2,01%, respectivamente.
As maiores altas percentuais foram das ON da Cyrela, das PNA da Usiminas e das ON de 3R Petroleum, que subiram 8,69%, 4,49% e 4,17%, na sequência.
A Cyrela liderou as altas percentuais do índice e registrou um grande volume de negócios, após a divulgação da forte prévia operacional de resultados do segundo trimestre, que mostrou crescimento superior a 50% no valor geral de vendas dos lançamentos na comparação com o mesmo período do ano passado.
“A ação tem recomendação de compra por diversos agentes econômicos e mesmo após fortes altas no ano, acredita-se que o bom momento da empresa deve continuar”, analisou o sócio da AVG Capital, Lucas Almeida.
As maiores quedas percentuais foram das ON de Petz, das PN de Gol e das ON de Carrefour, que perderam 5,12%, 3,21% e 3,14%, respectivamente.