Por: Gabriel Ponte
O Ibovespa encerrou em queda na sessão desta quarta-feira, acelerando a trajetória de perda na reta final do dia, em linha com o desempenho negativo de Wall Street. Ações do setor financeiro pesaram sobre o índice brasileiro no dia, enquanto nos Estados Unidos o rali acionário vivenciado em dias anteriores perdeu tração entre operadores.
O Ibovespa encerrou em queda de 0,79%, aos 130.804 pontos, interrompendo uma sequência de duas altas consecutivas e máximas recorde na semana. O volume financeiro na sessão foi de R$16,0 bilhões. No exterior, os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 recuaram 1,27%, 1,47% e 1,50%, respectivamente. O Dow Jones fechou no campo negativo pela primeira vez desde 7 de dezembro.
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No mercado local, as ações ordinárias da B3 (B3SA3), as preferenciais do Itaú (ITUB4) e do Bradesco (BBDC4) foram as principais detratoras do Ibovespa, retirando 124,71, 94,08 e 86,01 pontos, respectivamente. Os papéis recuaram 2,61%, 1,03% e 1,65%.
Em termos percentuais, as ordinárias da Hapvida (HAPV3) tiveram queda entre os papéis que compõem o Ibovespa, recuando 2,69% após operadores especularem sobre um potencial “follow-on” em avaliação pela companhia, com o objetivo de reduzir a alavancagem.
Mais tarde, analistas do Itaú BBA que se reuniram com executivos da Hapvida reportaram em nota que a companhia não trabalha em um follow-on no momento, mas poderia avaliar um aumento de capital para financiar investimentos acima do previsto. As ações devolveram parte das perdas após a divulgação.
Na ponta positiva, as ações ordinárias da JBS (JBSS3) foram as principais contribuidoras do Ibovespa, adicionando 53,64 pontos ao índice, e subindo 3,39%. Mais cedo, analistas do Santander Corporate & Investment elevaram a recomendação para os papéis da companhia, juntamente com Marfrig (MRFG3), para “compra”, ante “neutra”. As ações da Marfrig subiram 4,13%.
Os papéis ordinários da Equatorial (EQTL3) também foram destaque na sessão de hoje, ao renovarem máxima recorde intradiária, fechando em alta de 1,55%, cotados a R$35,32. Analistas do Itaú BBA elevaram preç0-alvo da companhia a R$42 por ação, de R$37,1 antes, com recomendação de “compra” para os papéis.
BOLSA EUA
Em um dia de correção nos mercados, os principais índices acionários de Wall Street fecharam em queda, após o rali vivenciado desde a semana passada – quando o Federal Reserve sinalizou uma potencial reversão de sua política monetária – perder ímpeto entre operadores.
Os operadores optaram por realizar ganhos após máximas recordes testadas pelo Dow Jones e Nasdaq 100 em sessões recentes. “Os mercados encontravam-se sobrecomprados, e uma retração como a observada hoje é natural, diante dessas condições”, afirmou o gestor sênior de carteira da Global Investments, Keith Buchanan, à CNBC. “Portanto, foi mais técnico do que fundamentalista.”
Os operadores também optaram pela cautela às vésperas da divulgação da leitura final do núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), referentes ao terceiro trimestre – métrica favorita do Federal Reserve. O dado será reportado nesta quinta pelo Departamento de Comércio. Também amanhã, será reportada a leitura final do Produto Interno Bruto dos EUA do mesmo período.
(GP | Edição: Luciano Costa | Comentários: equipemover@tc.com.br)
