Por: Fabricio Julião
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 3,32% em fevereiro, acima do consenso de mercado de alta de 1,0% no mês. Após a divulgação do dado, os DIs subiram acentuadamente com agentes financeiros acreditando na manutenção da Selic em patamar elevado no curto prazo, devido à resiliência da atividade econômica.
O IBC-Br, considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), é uma proxy da atividade econômica brasileira. Em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, o índice subiu 0,82% na comparação com o trimestre anterior.
“Esse resultado mais do que compensa a contração acumulada de 1,1% de setembro a janeiro, que teve cinco quedas consecutivas na comparação mensal. A nosso ver, a forte expansão da produção agropecuária aliada ao desempenho ainda sólido das atividades de serviços explica, em grande parte, o expressivo aumento da proxy mensal do PIB”, afirmou a XP.
Segundo Gabriel Couto, do Santander, o varejo ganha novamente destaque no indicador, com alta de 1,7% na comparação mensal. Para o próximo mês, ele espera que haja expansão das vendas no varejo e leve contração nos serviços prestados às famílias.
“Projetamos uma desaceleração da demanda doméstica e dos componentes cíclicos da oferta, decorrente principalmente da esperada recessão global e dos efeitos de uma política restritiva do Banco Central, mas também esperamos um forte crescimento da produção agrícola não cíclica, refletindo uma alta histórica previsão para a safra de grãos”, afirmou.
Por volta de 9h50, os DIs com vencimento em Jan/25 subiam 4 pontos-base, a 11,99%. Os DIs com vencimento em Jan/31 e Jan/33 avançavam 7 pbs e 6 pbs, a 12,32% e 12,43%, respectivamente. No mesmo horário, o dólar futuro subia 0,50%, sendo negociado a R$5,039.