São Paulo, 03/01/2025 – Estrategistas do HSBC reduziram a recomendação para ações no mercado brasileiro para “venda”, de “neutra” antes, somando-se a outras instituições financeiras estrangeiras que mostraram pessimismo com ativos do país recentemente.
“Consideramos o Brasil uma clássica armadilha de valor”, escreveram os analistas do banco, citando um “ambiente tóxico” de juros altos, moeda desvalorizada e crescimento desacelerando.
“O mercado não deve ter uma reprecificação até haver uma redução nas taxas de juros e no rendimento de títulos locais, o que pode não ocorrer até o segundo semestre de 2025, pelo menos”, acresentou o time do HSBC.
No Brasil, os analistas do banco recomendam exposição a setores expostos a “teses seculares”, como digitalização e fintechs, assim como expansão do agronegócio.
Empresas de energia e saneamento, as utilities, de itens básicos e bancos devem ser mais resilientes, enquanto setores mais sensíveis às taxas de juros deverão seguir com performance fraca, complementou o HSBC.
Notícias Relacionadas
Companhias têm capitalização de mercado acima de US$1,0 trilhão
Barron's traz releitura das 'Magnificent 7': ´BATMMAAN´, com Broadcom
Por: Gabriel Ponte São Paulo, 3/1/2025 – A publicação financeira Barron’s trouxe uma releitura do grupo Magnificent 7 — de ações de gigantes da tecnologia –, reformulando-o para “BATMMAAN”, e contabilizando a Broadcom como novo entrante. Além da fabricante de chips, Apple, Tesla, Microsoft, Meta, Alphabet, Amazon e Nvidia integram o grupo – todas com […]
Coluna de Fernando Marx, contribuidor do TC
Guia do investidor para 2025: Desafios e oportunidades no Brasil
Juros mais alto significa uma taxa de desconto maior. Mas, afinal, está barato mesmo ou é uma grande armadilha de valor? São Paulo, 30/12/2024 – Desânimo, cansaço e desistência definem a maior parte do sentimento atual da maioria dos investidores de empresas brasileiras. A despeito, principalmente, da falta de controle do governo com a responsabilidade […]
Antes, JPMorgan, Morgan Stanley e Julius Baer já haviam reduzido recomendação para ações no Brasil, citando incertezas com o panorama fiscal do país, em preocupações que aumentaram após a apresentação do pacote de contenção de gastos, ao fim do ano, que foi visto como tímido pelo mercado.
Hoje, em participação na TC News, o CIO da TC Investimentos, Pedro Albuquerque, disse que o Brasil está “totalmente sem gatilhos” e não tem atraído interesse dos grandes investidores.
Albuquerque disse que o fundo TC Cosmos, do TC, está com posição bastante “leve” em Brasil, esperando para entrar mais forte eventualmente no futuro, já de olho nas eleições de 2026.
“O cenário-base é o Brasil não ter nenhuma mudança material neste momento”, disse Albuquerque, citando ainda riscos como eventual retaliação de Donald Trump devido ao fato de o Brasil ter enviado embaixador para evento de posse do ditador Nicolas Maduro, na Venezuela, que venceu uma eleição amplamente contestada pela oposição e comunidade internacional.
As ações do Ibovespa, principal índice da bolsa do Brasil, encerraram 2024 com queda de 10,36%, pior desempenho desde 2021
