Não há relação mecânica entre arcabouço fiscal e inflação, diz diretor do BC

Diogo Guillen vê risco de perda de credibilidade em mudança radical

Agência Brasil
Agência Brasil

Por: Gabriel Ponte

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou nesta segunda-feira que não há relação mecânica entre a aprovação do arcabouço fiscal e a dinâmica da inflação no país.

Participando de evento promovido pelo Bradesco BBI, Guillen reconheceu ter havido uma redução no risco de cauda fiscal, mas, ainda assim, segundo ele, não houve muita mudança nas expectativas de resultado fiscal para os próximos anos. Em sua leitura, houve melhora nas projeções do mercado para a atividade econômica deste ano, embora para 2024 quase não tenha havido mudanças.

Guillen disse que a influência de fatores externos para a alta de preços no Brasil melhorou nos últimos meses e que a contração de crédito em economias internacionais é um vetor positivo para a inflação brasileira.

Na visão de Guillen, qualquer mudança na meta de inflação não deve ser relacionada à forma como se conduz política monetária no Brasil.

“Se uma mudança na meta for correlacionada à política monetária, perdemos a credibilidade.”