Por: Artur Horta
O preço médio praticado para a gasolina em refinarias brasileiras passou a registrar hoje um prêmio em relação às cotações no exterior, o que ocorre pela primeira vez desde que a Petrobras elevou o valor de venda do combustível para distribuidoras em 7,4%, há exatos cinco dias.
Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, Abicom, apontam que a gasolina negocia nesta terça-feira com um ágio 2% no Brasil, o que equivale a R$0,07 a mais que os preços no exterior. O combustível não apresentava prêmio ante o mercado internacional desde 11 de janeiro.
O diesel é ainda maior, de 6%, o que equivale a R$0,27 a mais que os preços no exterior, ainda segundo a Abicom, o que alivia pressões sobre a nova gestão da Petrobras, liderada pelo ex-senador Jean Paul Prates, que assumiu a presidência da estatal na última semana com promessas de reduzir o impacto dos combustíveis sobre a renda dos brasileiros.
A Abicom disse que o preço no Brasil agora “está tecnicamente na paridade para a gasolina e acima da paridade para o óleo diesel”, acrescentando que a virada do cenário, que nos últimos dias era de defasagem, ocorreu “com a estabilidade no câmbio e a forte redução dos preços de referência da gasolina do óleo diesel no mercado internacional no fechamento de ontem”.
Já o Centro Brasileiro de Infraestrura, CBIE, calcula que gasolina e diesel negociam com prêmios de 1,09% e 2,53%, respectivamente, nas refinarias nacionais.