Por Gabriel Ponte
Os principais índices acionários das bolsas americanas encerraram a sessão desta sexta-feira (25) em alta, em um dia marcado por oscilações, com investidores avaliando o aguardado discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio econômico de Jackson Hole, que acontece até amanhã nos Estados Unidos.
O S&P500, o Dow Jones e o Nasdaq 100 fecharam em altas de 0,67%, 0,73% e 0,85%, respectivamente. Por volta das 17h00, os rendimentos dos títulos do Tesouro de dez anos recuavam 1,0 pbs, a 4,231%. Já os rendimentos dos títulos de dois anos ganhavam 5,3 pbs, a 5,078%.
Na semana, o S&P500 e o Nasdaq 100 acumularam altas de 0,82% e 1,68%, respectivamente, impulsionadas pelo balanço da Nvidia, que ainda projetou receita de US$16,0 bilhões para o próximo trimestre fiscal, bem acima dos US$12,61 bilhões estimados pelo consenso. Já o Dow Jones registrou perdas de 0,45% desde a última segunda-feira.
Mais cedo, Powell afirmou que as autoridades do Fed irão proceder com “cautela” nas decisões sobre apertos adicionais dos juros, mas deixou claro que a autarquia ainda não concluiu se o atual patamar das Fed Funds é suficientemente restritivo para garantir o retorno da inflação à meta de 2,0%.
“Powell enfatizou que o Fed ainda se apega à noção de que tem observado a inflação e ainda tem um trabalho a fazer”, pontuou o estrategista-chefe de investimentos da State Street Global Advisors, Michael Arone, à Refinitiv.
Por volta das 17h00, derivativos negociados na Chicago Mercantile Exchange (CME) apontavam para 49,9% de chances de uma alta de 0,25 ponto percentual na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) de novembro. Ontem, essas apostas estavam em 42,2%. Para setembro, investidores projetavam majoritariamente a manutenção dos juros americanos.
Amanhã, o simpósio que reúne representantes de bancos centrais de diversos países contará com a participação do presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, que deve fornecer pistas sobre a política monetária ultrafrouxa japonesa e uma iminente reversão para um ciclo de aperto monetário.