DIs curtos sobem com tom duro da Ata do Copom; vértices médios e longos caem

Copom reforçou uma postura contra o corte imediato na taxa básica dos juros

Pixabay
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Por Fabricio Julião

As taxas de juros futuros fecharam a sessão desta terça-feira sem direção única. Os contratos mais curtos subiram devido ao tom mais duro na Ata do Copom, indicando juros altos prolongados por mais tempo, enquanto os vértices médios e longos tiveram queda.

Ao fim da sessão regular, os DIs com vencimento em Jan/24 subiam 11 pontos-base, a 13,16%, enquanto os DIs com vencimento em Jan/25 tinham alta de 13 pontos-base, a 12,00%, e os com vencimento em Jan/27 avançavam 2,5 pbs, a 12,17%.

Já os DIs com vencimento em Jan/29 e Jan/31 caíram 2 pontos-base e 4 pbs, a 12,63% e 12,92%, respectivamente. O DI com vencimento em Jan/33 recuou 7 pontos-base, a 13,06%. 

Os contratos de juros futuros eram negociados em alta desde o início da sessão, com o viés conservador do Banco Central perseverando depois da divulgação da Ata da reunião que manteve a Selic em 13,75% ao ano. 

No documento, o Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou uma postura contra o corte imediato na taxa básica dos juros, segundo analistas à Mover. Essa sinalização levou os DIs curtos a subir acentuadamente. 

Mas, no fim do dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o novo arcabouço fiscal será apresentado ainda nesta semana, após confirmar uma reunião conclusiva amanhã para bater o martelo em relação à regra. 

Devido às movimentações de Haddad, as taxas médias e longas inverteram o movimento e passaram a cair, com o entendimento de que o arcabouço ajudará a reduzir as expectativas inflacionárias e, assim, permitir a redução da taxa básica de juros.