Ibovespa sobe com otimismo global após inflação na China e à espera por IPCA

Confira o fechamento do mercado brasileiro nesta segunda (11)

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Por Luca Boni

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (11) em alta, em linha com o bom humor dos mercados globais, principalmente após dados indicarem a estabilização da economia na China. Investidores também calibraram as expectativas para as divulgações da inflação no Brasil e nos Estados Unidos e para a decisão de juros na Europa nesta semana.

O Ibovespa avançou 1,36%, aos 116.883 pontos, interrompendo uma sequência de quatro quedas consecutivas. A sessão teve volume de R$13,9 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

Na China, a inflação ao consumidor de agosto veio abaixo do consenso, porém, em território positivo, sinalizando a volta do apetite pelo consumo e a estabilização na economia do gigante asiático.

Segundo o diretor de análise da Quantzed, Leandro Petrokas, os dados da China foram os responsáveis pelo desempenho positivo nos mercados globais hoje.

No Brasil, a expectativa é pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, amanhã. Segundo o TC Consenso, o IPCA deve acelerar 0,25% na base mensal, impulsionado por combustíveis e energia elétrica.

Nos EUA, os dados de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto, que serão divulgados na quarta-feira, podem dar pistas sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve. Já na Europa, as atenções se voltam para a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira.

No mercado acionário local, as ON da Vale subiram 1,44% e foram o destaque da sessão, em linha com a forte valorização dos contratos de minério de ferro na China.

As ações do setor financeiro, que têm grande participação no Ibovespa, também impulsionaram o índice. As PN do Itaú e do Bradesco e as ON da B3 e do Banco do Brasil ganharam 2,54%, 1,88%, 2,95% e 1,59%, respectivamente.

Entre as maiores altas percentuais, figuraram as ON da Eztec, do Pão de Açúcar e da CSN Mineração, que subiram 5,84%, 5,23% e 4,04%, nesta ordem.

Na ponta oposta, destaque para as PNA da Braskem, que recuaram 3,19% e tiveram a maior queda percentual do índice na sessão. Segundo Petrokas, a Braskem é um case complexo, com diversas propostas de compra de parte do controle da petroquímica que até o momento não se concretizaram, o que prejudica a imagem da empresa entre os investidores.