Ibovespa engata quarta queda consecutiva com maior aversão ao risco no exterior

Confira o fechamento do mercado nesta sexta (8)

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Por Luca Boni

O Ibovespa fechou em queda pela quarta vez consecutiva nesta sexta-feira (8), em linha com o clima de maior aversão ao risco no exterior, diante de dúvidas sobre o crescimento da economia global. A Vale foi o destaque negativo, pressionada pela queda do minério de ferro na Ásia e pelas desvalorizações de ontem dos recibos de ações (ADRs, na sigla em inglês) negociados em Nova York.

O Ibovespa recuou 0,58%, aos 115.313 pontos. Em termos semanais, o índice acumulou uma queda de 2,19%, interrompendo uma sequência de duas semanas positivas. A sessão teve volume de R$12,8 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

Segundo o head de renda variável da A7 Capital, Andre Fernandes, grande parte da queda do Ibovespa hoje foi reflexo do pregão de ontem no exterior, quando as bolsas mundiais caíram devido a dados que indicam uma fraca retomada da economia chinesa. Além disso, há temor no mercado sobre uma nova alta de juros nos Estados Unidos na reunião de política monetária de novembro.

“Nesse contexto, o mercado entrou em modo ‘risk-off’, e os ativos de risco acabam sofrendo neste cenário. Percebemos um forte fluxo vendedor, principalmente de corretoras estrangeiras ao longo do dia”, completou Fernandes.

Entre as ações, as ON da Vale, da Ambev e as da Petrobras recuaram 1,90%, 2,00% e 0,78%, respectivamente, e foram as maiores detratoras em pontos do Ibovespa.

Os papéis de mineradoras e siderúrgicas caíram em bloco, refletindo a notícia de que Pequim anunciou aumento na fiscalização regulatória do mercado de minério de ferro para reduzir violações. A commodity engatou o segundo dia de queda consecutivo na Ásia. Na B3, o Índice de Materiais Básicos perdeu 1,37% e liderou as quedas entre os índices setoriais.

Entre as maiores quedas percentuais, as ON da Embraer, da Magazine Luiza e as PN da Alpargatas cederam 5,00%, 3,09% e 4,10%, nesta ordem.

Na ponta oposta, em uma sessão predominantemente negativa, as ON da Eletrobras, da Equatorial e da PRIO subiram 0,59%, 1,47% e 1,50%, na sequência, e foram as maiores contribuidoras em pontos do índice.

As ON da Marfrig, da Petz e da YDUQS avançaram 4,11%, 3,86% e 2,51%, respectivamente, e figuraram entre as maiores altas percentuais do índice.