Por Luca Boni
O Ibovespa fechou o pregão desta quinta-feira (10) em leve queda pela oitava sessão consecutiva, com investidores reagindo à divulgação da inflação ao consumidor americano e a uma série de balanços corporativos. O Ibovespa fechou em queda de 0,05%, aos 118.345 pontos. A sessão teve volume de R$18,5 bilhões, considerado mediano.
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho veio em linha com o consenso na base mensal, enquanto a leitura anual mostrou um desempenho um pouco abaixo das previsões. Os dados corroboram as perspectivas dos investidores de que o Federal Reserve deve acabar com o ciclo de aperto monetário, o que animou os mercados no início da sessão.
Notícias Relacionadas
Especialistas comentam para o FLJ
Obstáculos da Reforma Tributária
A intenção da Reforma Tributária (RT) é modernizar e tornar mais eficiente o sistema de tributos. Mas a transição para o novo modelo, e o novo modelo em si, apresentam obstáculos que impactam negativamente tanto empresas quanto cidadãos. O FLJ ouviu ministros de tribunais superiores e especialistas, como Marcel Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de […]
´Gringos´ voltaram?
Fluxo de saída do investidor estrangeiro na B3 parece ter estancado em julho
São Paulo, 22/7/2024 – Após seis meses seguidos de retirada de capital estrangeiro da B3, a maior sequência negativa desde a pandemia de Covid-19, julho caminha para fechar como primeiro mês do ano com fluxo positivo dos “gringos”. Até quinta-feira (18) da semana passada, no acumulado do mês, o investidor externo injetou R$4,59 bilhões na bolsa brasileira. […]
Segundo o analista da Finacap Investimentos, Felipe Moura, o Ibovespa operou próximo da estabilidade influenciado pelo cenário microeconômico, com os resultados das empresas se sobrepondo e ditando o ritmo do mercado.
Entre os destaques, as ON da Hapvida, as PN do Bradesco e da Petrobras avançaram 6,05%, 0,85% e 0,56%, respectivamente, e foram as maiores contribuidoras por pontos do Ibovespa. As maiores altas percentuais foram das PN da Azul, da Gol e as PNA da Braskem, que subiram 9,83%, 6,27% e 6,85%, respectivamente.
Ontem, a Hapvida divulgou seu balanço do segundo trimestre com queda no lucro líquido. Ainda assim, a equipe do Itaú destacou em relatório que a empresa conseguiu entregar uma melhora significativa nos indicadores-chave de desempenho.
Já a Azul registrou prejuízo líquido ajustado 21,4% menor do que o registrado no segundo trimestre do ano passado. Segundo o especialista em mercado da AVG Capital, Lucas Almeida, a aérea sofreu com o cenário macroeconômico dos últimos anos e qualquer dado positivo tem forte impacto sobre o preço da ação e traz volatilidade.
Na ponta oposta, as ON do Grupo Soma e da Rede D’Or despencaram 7,68% e 4,92%, respectivamente, e registraram um forte volume de negócios.
Para Almeida, o Grupo Soma divulgou crescimento de receita relativamente fraco na marca Hering no segundo trimestre e mostrou desaceleração em comparação com os períodos anteriores, além de ter sofrido pressão nas margens das marcas próprias.
Apesar de ter apresentado crescimento no lucro líquido no segundo trimestre, as discussões sobre o possível fim do benefício fiscal do Juros Sobre Capital Próprio (JCP) podem prejudicar a receita da Rede D’Or. A empresa tem um alto nível de payout (proporção dos lucros distribuídos aos acionistas) desde sua oferta pública inicial e a extinção do JCP pode afetar a estratégia de distribuição de lucros e afetar o valuation da empresa.
