Ibovespa cai, com ata do Copom e balanços no radar

Confira o fechamento do mercado nesta segunda (7)

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Por Luca Boni

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (7) em leve queda, com investidores calibrando as carteiras para uma semana agitada, que tem entre os destaques a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e dados de inflação no Brasil e no exterior.

O Ibovespa fechou em queda de 0,11%, aos 119.379 pontos, pelo quinto dia consecutivo. A sessão teve volume de R$14,6 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.

A ata da última reunião do Copom será divulgada amanhã, após a divergência no comitê sobre a magnitude do primeiro corte de juros no Brasil em três anos. O documento deverá trazer mais informações sobre o que motivou a decisão e mais detalhes sobre os rumos da política monetária brasileira.

Investidores digeriram as novas projeções do boletim Focus, o primeiro após o Banco Central cortar a Selic em 50 pontos-base na semana passada. As estimativas diminuíram para a taxa básica de juros e se mantiveram inalteradas para a inflação e para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e dos próximos.

O sentimento de cautela pairou sobre o mercado, com expectativas pela divulgação de dados de inflação na China, na quarta-feira, nos Estados Unidos, na quinta-feira, e no Brasil, na sexta-feira.

No mercado acionário, a maioria das “blue chips” encerrou o dia no campo negativo, com destaque para as PN do Itaú, do Bradesco e as ON da JBS, que recuaram 0,79%, 0,71% e 2,16%, respectivamente.

Segundo o economista e fundador da Eu Me Banco, Fabio Louzada, os papéis da JBS recuaram em sintonia com o desempenho negativo da concorrente americana Tyson Foods, que divulgou um balanço ruim do segundo trimestre.

As ON da Méliuz, da CVC e da IRB Brasil cederam 6,95%, 3,97% e 3,16%, respectivamente, e registraram as maiores quedas percentuais do Ibovespa na sessão.

Na ponta oposta, destaque para as ON da BB Seguridade, que avançaram 2,38%, após a segunda maior seguradora do Brasil divulgar lucro líquido acima do consenso no balanço do segundo trimestre.

As ON da Vale e as PN da Petrobras reverteram as perdas e fecharam em altas de 0,50% e 0,63%, respectivamente, impedindo um maior recuo do índice.