Dólar cai com estímulos da China; DIs rondam estabilidade de olho no Brasil e nos EUA

Confira o fechamento da moeda norte-americana e dos juros nesta quinta (14)

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Por Fabricio Julião

O real ganhou terreno diante do dólar nesta quinta-feira (14), impulsionado pelas notícias de estímulos da China. As taxas de contratos dos juros futuros fecharam perto da estabilidade, com investidores buscando antecipar as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, na semana que vem. Ao fim da sessão, o dólar caiu 0,90%, a R$4,8727 

A moeda brasileira se fortaleceu na sessão de hoje com a ascensão das commodities, em meio aos novos estímulos anunciados pela China. O minério de ferro subiu 0,72% no mercado à vista em Qingdao, a US$122 a tonelada. Já o futuro do petróleo Brent avançava cerca de 2,00% por volta das 17h, a US$93,75 o barril. 

Apesar de ceder terreno frente ao real, o dólar apreciava perante a maior parte dos pares no exterior. Dentre a cesta de 23 moedas acompanhada pela Mover, apenas 4 valorizavam diante da moeda americana. O Índice DXY avançava 0,62%, aos 105.405 pontos. 

A força do dólar no exterior ocorre devido à aceleração acima do esperado do índice de preços ao produtor nos EUA. O indicador variou 0,7% em agosto – o maior ganho desde junho de 2022 – o que reforçou a hipótese de que o Federal Reserve pode voltar a elevar juros em novembro. A hipótese de taxas ainda maiores até o fim de 2023 ajudou o dólar. 

Além disso, o Banco Central Europeu aumentou a taxa de juros da zona do euro em 25 pbs, a 4,50% ao ano, contra as expectativas do mercado de manutenção em 4,25%. O anúncio provocou a queda do euro e de moedas como a libra e o franco suíço, devido aos dados recentes que indicaram perda de dinamismo da atividade econômica. 

Por aqui, a expectativa também recai sobre a trajetória da taxa Selic. O mercado aguarda o anúncio da próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), na quarta-feira que vem, mais preocupado com as sinalizações sobre o ritmo de cortes da Selic. 

Segundo dados de opções de Copom da B3, 41% dos operadores acreditam que haverá um aumento para redução de 75 pbs na reunião do BC de dezembro, contra 40% apostando em seguimento do corte de 50 pbs. O principal fator que permitira um corte maior seria a desaceleração do preço do setor de serviços. 

Em meio a essas expectativas, os DIs com vencimentos em jan/24 fecharam em queda de 1,0 ponto-base, a 12,29%, enquanto os para jan/25 subiram 1,5 pb, a 10,39%. Já os vértices para jan/27 e jan/31 encerraram em estabilidade, a 10,24% e 11,12%, respectivamente.