Por: Fabricio Julião
O dólar subia nos primeiros negócios desta sexta-feira, refletindo a aversão ao risco global. O sentimento é ditado pela continuidade do aperto monetário nas principais economias do mundo, que eleva a preocupações sobre as atividades desses países. As taxas de juros cediam em um contexto de receio com a demanda global e queda das commodities, o que pode contribuir para menor pressão inflacionária.
Por volta de 9h35, o dólar à vista avançava 0,53%, a R$4,7988, enquanto o dólar futuro tinha alta de 0,46%, a R$4,802.
A moeda americana ganhava força com a busca dos investidores por proteção, diminuindo as perdas que teve em relação ao real nas últimas semanas. Em uma cesta de 22 moedas acompanhadas pela Mover, o dólar cedia apenas para três. O Índice DXY avançava 0,40%, aos 102.804 pontos.
Notícias Relacionadas
Fez preço no mercado
Brava despenca com previsão de Papa Terra retomar produção só em dezembro
São Paulo, 19/9/2024 – As ações da Brava Energia despencavam nesta quinta-feira, após a companhia informar expectativa de que o campo offshore de Papa Terra retome produção em dezembro, diante de esperanças anteriores do mercado de que paralisação pudesse ser mais breve. Por volta de 14h10, BRAV3 caía 9,98%, a R$18,77, após tombar quase 13% […]
Juros pós-Copom
Curva de juros dispara após Copom, com mercado pressionando por novas altas
São Paulo, 19/9/2024 – Os vértices da curva de juros disparavam mais de 27 pontos-base nesta quinta-feira, em reação ao comunicado da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), com operadores pressionando o colegiado por novas altas da Selic e aceleração do ritmo de aperto, enquanto agentes de mercado também citavam preocupações fiscais embutidas no […]
Em meio aos temores remanescentes com a economia global, as taxas de contratos dos juros futuros recuavam. O impacto inicial do comunicado do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na quarta-feira, considerado mais duro em um primeiro momento, também é assimilado. Agentes financeiros, inclusive, ponderam que o BC deixou aberta a porta para um início de cortes da Selic ainda em agosto.
Os DIs com vencimentos em Jan/24 e Jan/25 caíam 6,0 pontos-base e 10 pbs, respectivamente, a 13,02% e 11,05%. Já as taxas dos contratos para Jan/27 e Jan/31 recuavam 8,0 pontos-base e 4,0 pbs, a 10,43% e 10,96%.
O Ibovespa futuro seguia os principais índices acionários futuros dos Estados Unidos e operava em queda de 0,21%, aos 121.265 pontos. O mau humor global também derrubou as bolsas asiáticas mais cedo, e vem impactando no preço das commodities, que tiveram queda generalizada no dia anterior.
Nas commodities, o contrato futuro do petróleo Brent prolonga a queda, perdendo 1,43%, a US$73,08 por barril, perto das 9h51, caminhando para encerrar a semana com baixa de cerca de 3%. O minério de ferro seguiu sem referência de preço na China diante do feriado no país, mas cedeu 2,07% a US$109,35 por tonelada na Bolsa de Cingapura.
