Por: Fabricio Julião
O dólar caía frente ao real pelo terceiro dia consecutivo nesta segunda-feira, com o bom humor perseverando após dados recentes positivos sobre a atividade econômica brasileira e o acordo, nos Estados Unidos, que suspende o teto da dívida americana. As taxas de contratos dos juros futuros subiam nos primeiros negócios do dia, após sucessivas quedas na última semana e com alta do petróleo no exterior, o que pode dificultar alívio dos preços domésticos de combustíveis.
Por volta de 9h45, o dólar à vista tinha queda de 0,20%, a R$4,9483, enquanto o dólar futuro recuava 0,26%, negociado a R$4,972.
No sábado, o presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou a lei que suspende o teto de US$31,4 trilhões para a dívida do governo norte-americano. A ação evitou que a maior economia do mundo começasse a ficar sem recursos para honrar suas obrigações financeiras a partir desta segunda-feira, o que poderia levar a um calote sem precedentes e causar impactos globais.
Ainda no exterior, o petróleo Brent futuro avança 2,67%, a US$78,18 o barril. A commodity é impulsionada após a Arábia Saudita anunciar ontem que implementará um corte voluntário de 1 milhão de barris por dia em sua produção a partir de julho.
Na cena local, agentes financeiros estão atentos aos eventos públicos de membros do Banco Central. O diretor de Política Econômica e Monetária, Diogo Abry Guillen, palestra na Bradesco BBI London Conference a partir das 12h00. Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fala em evento organizado pela Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, Minas Gerais, a partir das 14h30, após visita à região.
As falas dos membros do BC ocorrem após uma semana de forte queda das taxas futuras de juros e do risco Brasil diante de sinais de desaceleração da inflação.
Após sucessivas quedas nas taxas de contratos de juros futuros, os DIs voltaram a subir levemente. Os vértices curtos O DI Jan/25 subiam 2,5 pontos-base, a 11,50%, enquanto o Di Jan/33 ganhava 6 pontos-base, também a 11,50%. O Ibovespa futuro, por outro lado caía 0,14%, a 113.095 pontos, depois te fechar em alta de 1,80% na sexta-feira passada.