Dólar fica estável e DIs recuam com Treasuries e arrecadação fiscal positiva

Ao fim da sessão, o dólar à vista subiu 0,01%, a R$4,8997

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Por: Fabricio Julião

O dólar fechou perto da estabilidade ante o real nesta segunda-feira, com investidores aguardando dados de inflação nos Estados Unidos que serão divulgados na semana. Já as taxas dos contratos de juros futuros recuaram, em linha com as Treasuries americanas, também refletindo o alívio sobre a arrecadação federal e o possível cumprimento da meta fiscal do governo em 2024.

Ao fim da sessão, o dólar à vista subiu 0,01%, a R$4,8997.

Em uma cesta de 23 divisas acompanhada pela Mover, a moeda americana cedia perante 16. Assim como nas sessões da semana passada, as taxas de câmbio tinham poucas variações percentuais, com operadores sem firmar posição. Por volta das 17h, o Índice DXY caía 0,20%, aos 103,22 pontos.

Apesar de o mercado ter precificado que o Federal Reserve não voltará a elevar os juros nos EUA, a autoridade monetária não descartou essa hipótese. Por isso, investidores aguardam a divulgação do Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE) de outubro na quinta-feira.

“Esse é o principal fator de hesitação nesses dias”, disse à Mover o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

A queda nos rendimentos das Treasuries americanas também contribuía para o movimento de baixa dos DIs brasileiros. Os títulos do Tesouro dos EUA de dez anos recuavam 9,4 pontos-base perto das 17h, a 4,39%.

As novas revisões para baixo nas projeções de inflação registradas no boletim Focus do Banco Central e a arrecadação positiva em outubro também colaboraram para a queda dos contratos de juros futuros.

Mais cedo, o Tesouro Nacional informou que a arrecadação federal de receitas atingiu R$215,6 bilhões em outubro – alta real de 0,1% ante o mesmo período do ano passado, interrompendo quatro quedas mensais consecutivas. O dado é favorável ao objetivo de déficit primário zero em 2024.

Os DIs com vencimentos em jan/25 caíram 4,5 pontos-base, a 10,41%, enquanto os para jan/27 e jan/31 recuaram 13,5 pbs e 13,0 pbs, respectivamente, a 10,22% e 10,87%, na mesma ordem.

(FJ | Edição: Gabriela Guedes | Arte: Vinícius Martins | Comentários: equipemover@tc.com.br)