Dólar fica estável com "Super Quarta" no radar; DIs avançam com melhora nas vendas do varejo

Confira o fechamento da moeda norte-americana e dos juros nesta sexta (15)

Unplash
Unplash

Por Fabricio Julião

O dólar fechou perto da estabilidade ante o real nesta sexta-feira (15), com investidores monitorando dados econômicos positivos na China e no aguardo das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos na quarta-feira. Já as taxas dos contratos de juros futuros avançaram após as vendas no varejo superarem as estimativas.

Ao fim da sessão, o dólar caiu 0,02%, a R$4,8716. Na semana, a moeda americana acumula queda de 2,21%.

O real ganhou força nesta semana com as novas rodadas de estímulos econômicos na China, que divulgou hoje vendas no varejo e produção industrial acima do consenso em agosto na comparação anual. Os ventos favoráveis no gigante asiático valorizaram as commodities e favoreceram as divisas brasileira e de países emergentes.

Em uma cesta de 23 moedas acompanhada pela Mover, a americana valorizava diante de 12 no fim da tarde. O Índice DXY recuava 0,08%, aos 104.256 pontos.

A pouca variação entre o dólar e seus pares na sessão de hoje ocorreu porque investidores aguardam as decisões de juros no Brasil e nos EUA na semana que vem. Por aqui, espera-se que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduza novamente a Selic em 50 pbs, enquanto nos EUA a expectativa é de manutenção dos Fed Funds no intervalo entre 5,25% e 5,50%.

“Apesar de já ser amplamente estimado que o Copom irá continuar o ciclo de queda da taxa de juros, investidores e institucionais adotam um pouco de cautela em virtude das informações que podem vir a respeito da reunião do BC”, afirmou o especialista em mercado de capitais, Dierson Richetti.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o avanço de 0,70% em julho na base mensal das vendas no varejo, acima do consenso de alta de 0,30%. Os dados mais fortes que o esperado de atividade econômica podem acabar com as expectativas de aceleração do ritmo de cortes na Selic no fim do ano por parte dos operadores do mercado.

As taxas dos contratos de juros futuros corrigiram parte das quedas recentes e fecharam majoritariamente em alta. Os DIs com vencimentos em jan/24 caíram 0,5 ponto-base, a 12,28%, enquanto os para jan/25 subiram 3,5 pbs, a 10,42%. Os vértices para jan/27 e jan/31 avançaram 8,5 pbs e 10,0 pbs, respectivamente, a 10,32% e 11,21%.