Por Fabricio Julião
O dólar e as taxas de contratos dos juros futuros encerraram em queda nesta quarta-feira (13), com expectativas do mercado acerca das trajetórias da política monetária nos dois países. O movimento se consolidou após a divulgação do índice de preços ao consumidor nos EUA, que trouxe ventos positivos para a divisa brasileira. Ao fim da sessão, o dólar à vista caiu 0,75%, a R$4,917.
O real tinha o melhor desempenho dentro de uma cesta de 23 moedas acompanhada pela Mover. A moeda brasileira voltava a ganhar terreno após a queda de ontem e era beneficiada com a expectativa de que o Federal Reserve poderá dar por encerrado o ciclo de alta de juros na reunião da semana que vem.
O índice de preços ao consumidor nos EUA (CPI, em inglês) acelerou 0,6% em agosto na comparação mensal, em linha com o consenso de mercado. O núcleo do indicador, que exclui preços mais voláteis e é mais importante para Fed, avançou 0,30% e ficou ligeiramente acima das expectativas, que eram de alta de 0,20%.
A grande questão que ainda ronda o mercado envolve o patamar final dos Fed Funds neste ano, pois investidores acreditam que a autoridade monetária americana pode realizar mais uma elevação residual antes de encerrar o ciclo de altas.
Por aqui, ainda repercute o alívio sobre os preços do setor de serviços, vistos nos dados de inflação divulgados ontem. Isso poderia fazer com que o Banco Central acelerasse o ritmo de cortes da Selic.
Segundo dados de opções de Copom da B3, há probabilidade de 42% de uma redução de 75 pontos-base na taxa Selic na reunião de dezembro, contra 40% de 50 pbs. Um corte de 100 pbs teria 11% de chances.
Os DIs com vencimentos em jan/24 e jan/25 recuaram 0,5 ponto-base e 5,5 pbs, respectivamente, a 12,29% e 10,38%. Já os vértices para jan/27 e jan/31 caíram 5,0 pbs, a 10,25% e 11,11%, na mesma ordem.