Por: Fabricio Julião
O dólar caía e as taxas dos contratos de juros futuros avançavam nos primeiros negócios desta segunda-feira, com investidores de olho nos desdobramentos de votações na Câmara dos Deputados. A sessão deve ser marcada pela baixa liquidez, devido ao feriado americano de 4 de julho, que mantém as bolsas e mercados de títulos americanos fechados.
Por volta das 9h20, o dólar à vista caía 0,15%, a R$4,8009, enquanto o dólar futuro recuava recuava 0,13%, negociado a R$4,824.
A moeda americana opera sem direção definida no exterior, com leve movimento de depreciação perante seus pares. O real, que acabou se desvalorizando no dia anterior, apreciava ante o dólar – junto de outras 14 de 22 moedas acompanhadas pela Mover. O Índice DXY operava estável, aos 102.996 pontos.
No Brasil, agentes financeiros aguardam o andamento da votação do Projeto de Lei Complementar que institui o novo Arcabouço Fiscal. No entanto, com a indecisão em torno do PL do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) – que restabelece o chamado voto de qualidade em caso de empate nos julgamentos da autarquia – é possível que a votação do marco fiscal também atrase. A diferença entre um e outro, contudo, é que o governo federal colocou o Arcabouço como prioridade máxima. Assim, todos os esforços na Câmara devem se voltar para o texto que, há duas semanas, foi aprovado no Senado.
Agentes financeiros também digerem os dados da produção industrial brasileira, que subiu 0,3% em maio e ficou em linha com o consenso do mercado, após recuo de 0,6% em abril. A variação anual foi de 1,9%, acima das projeções de 1,1%.
Os DIs com vencimentos em Jan/24 operavam estáveis, a 12,77%, enquanto os para Jan/25 e Jan/27 avançavam, respectivamente, 3,5 pontos-base e 3,0 pbs, a 10,66% e 10,00%, na mesma medida. À espera de avanços na cena política, o Ibovespa futuro caía 0,25%, aos 121.435 pontos.