Por: Fabricio Julião
O dólar e as taxas de contratos dos juros futuros caíam nos primeiros negócios desta quinta-feira, em sequência ao declínio do dia anterior, diante do sentimento de maior apetite ao risco pelos dados de inflação mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos. Após indicadores de inflação ao consumidor ontem, os agentes financeiros observam nesta quinta-feira a inflação mais fraca ao produtor, o que também contribui para as expectativas de uma política monetária americana menos agressiva ao longo do ano.
Perto de 9h40, o dólar à vista recuava 0,28%, a R$4,8051, enquanto o dólar futuro tinha queda de 0,31%, a R$4,819.
Ontem, a inflação ao consumidor (CPI, em inglês) veio menor que o esperado e moldou expectativas acerca de menos aumentos nos juros pelo Fed, o que beneficiou o real e levou à queda da maioria dos DIs por aqui. A tendência permanece após a inflação ao produtor (PPI, em inglês) e o núcleo da inflação seguirem o mesmo caminho, já que ambos também vieram abaixo das estimativas.
O real também encontrava suporte na alta das commodities. As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quinta-feira, enquanto os índices acionários futuros americanos sobem nesta manhã. Em meio a esse cenário, o Ibovespa futuro subia 0,65%, aos 119.580 pontos.
As taxas de contratos dos juros futuros também segue a esteira de queda, com agentes financeiros já precificando um corte da Selic em agosto. Com a expectativa por um Fed menos agressivo, os investidores acreditam que o BC brasileiro possa seguir a condução da política monetária desejada.
Perto de 9h25, os DIs com vencimentos em Jan/24 e Jan/25 caíam 3,0 pontos-base e 4,5 pbs, respectivamente, a 12,82% e 10,78%. Já as taxas dos contratos para Jan/27 e Jan/31 recuavam 4,5 pbs e 6,0 pbs, na mesma ordem, a 10,13% e 10,58%.