Por: Gabriel Ponte
A dívida pública federal avançou 2,38% em abril na comparação mensal e atingiu R$6,033 trilhões, segundo dados reportados nesta segunda-feira pelo Tesouro Nacional. Do montante, R$5,790 trilhões correspondem à dívida mobiliária interna e R$ 242,42 bilhões são relativos à dívida externa.
Em abril, as emissões totalizaram R$127,59 bilhões e os resgates, R$35,28 bilhões, resultando em emissão líquida de R$92,3 bilhões. O Tesouro também incorporou juros no valor de R$50,28 bilhões.
Os títulos que variam com a taxa básica de juros recuaram a 38,84% em abril, ante 39,08% em março, embora ainda constituindo a maior composição da dívida pública. Já os títulos prefixados avançaram para 24,81%, ante 24,70% em março. Os papéis indexados à inflação subiram a 32,11%, ante 32,0% no mês anterior. A participação de estrangeiros na dívida mobiliária recuou a 9,51%, ante 9,74% em março.
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O Tesouro informou que a reserva de liquidez avançou em abril sobre março, passando de R$973,5 bilhões para R$1,053 trilhão, um aumento de 8,19%. Segundo o Tesouro, o montante é suficiente para honrar o equivalente a 8,55 meses à frente dos vencimentos, ante 9,22 em março. O período que abrange os meses de maio a setembro concentrará vencimentos de R$786,3 bilhões.
O Tesouro informou ainda que o mês de maio foi marcado pelo impasse envolvendo o limite da dívida nos Estados Unidos, situação esta que contribuiu para a alta na taxa dos títulos brasileiros, além de recuo dos principais índices acionários.
No mercado local, o Tesouro observou queda dos vértices intermediários e longos da curva de juros, na esteira de surpresas positivas pelo lado da inflação e da aprovação do arcabouço fiscal pela Cãmara dos Deputados.
