Por Fabricio Julião
As taxas dos contratos de juros futuros fecharam em queda nesta segunda-feira (31), assim como o dólar, que encerrou perto da estabilidade, com investidores ajustando posições à espera da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na quarta-feira (2).
Os DIs com vencimentos em Jan/24 e Jan/25 fecharam em quedas de 3,0 pontos-base e 4,0 pbs, respectivamente, a 12,58% e 10,60%. Já os vértices para Jan/27 e Jan/31 caíram 8,5 pbs e 12,0 pbs, nessa ordem, a 10,14% e 10,76%.
O TC Consenso, que contou com as projeções de 22 economistas consultados pela Mover, destacou que o mercado espera corte de 25 pontos-base na Selic pelo BC em agosto. No entanto, a curva dos DIs aponta para apostas mais agressivas dos gestores, de redução de 50 pbs, o que levaria a taxa básica de juros brasileira para 13,25% ao ano.
“Avaliamos que do ponto de vista estritamente técnico e levando em conta a ‘parcimônia’ à qual o Comitê se referiu na ata referente à reunião de junho, o corte de 0,5 p.p. é o mais adequado”, afirmou o economista-chefe do Banco Pine, Cristiano Oliveira.
Apesar de divergências no mercado acerca da magnitude do primeiro corte, é unânime entre agentes financeiros que o Copom deverá deliberar em agosto a primeira redução na Selic em três anos.
O dólar passou quase toda a sessão em alta ante o real, refletindo a queda das commodities nos mercados globais e as apostas em um corte maior da Selic nesta semana. Com os juros menores no Brasil e o Federal Reserve possivelmente dando continuidade ao aperto monetário nos Estados Unidos, passa a ser mais vantajoso a manutenção do capital no país mais seguro do mundo, reduzindo a atratividade do Brasil.
Ao fim da sessão, o dólar à vista reverteu o movimento de alta e recuou 0,05%, a R$4,7291. Em julho, a moeda norte-americana acumulou queda de 1,25%.
Às 17h10, em uma cesta de 22 moedas acompanhadas pela Mover, o dólar avançava frente a 13. O Índice DXY refletia a procura pela moeda americana e subia 0,19%, aos 101.892 pontos.
Investidores ajustaram posições nesta sessão também devido ao fechamento da taxa Ptax de julho do BC, utilizada para balizar a liquidação de contratos futuros. A Ptax fechou a R$4,7415, com forte pressão de alta no início da tarde – movimento que perdeu força no fim do pregão e levou à queda ligeira do dólar ante o real.