Crise bancária americana não acabou e deve impactar próximos anos, diz CEO do JPMorgan

Dimon afirmou que "nuvens de tempestade" continuam a ameaçar os EUA

Pixabay
Pixabay

Por Gabriel Ponte

O presidente do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, afirmou nesta terça-feira que a crise bancária nos Estados Unidos não acabou e que seu impacto ainda será sentido pelos próximos anos. Ele escreveu os comentários em carta anual enderaçada a acionistas da companhia.

No documento, Dimon afirmou que “nuvens de tempestade” continuam a ameaçar a economia americana, com o sistema bancário sob estresse renovado após a falência do Silicon Valley Bank e a compra do Credit Suisse pelo UBS, na Europa, em meados de março.

As chances de uma recessão econômica aumentaram, segundo Dimon, embora o quadro seja diferente à crise financeira de 2008, que atingiu grandes bancos e credores hipotecários, enquanto a turbulência atual envolve um menor número de agentes financeiros.

Ele reconheceu que os riscos que levaram à falência do SVB estavam “escondidos à vista de todos”, e que quaisquer novas regulações devem ser “consideradas” e incluir regras mais claras diante da falência de bancos regionais.

Segundo com agências internacionais, Dimon desempenhou papel importante na atual crise bancária, ao organizar uma linha de injeção de recursos de US$30 bilhões entre instituições de grande porte para socorrer o First Republic Bank, nos EUA, após a falência do SVB e do Signature Bank, no mês passado.