Por Luca Boni
Os principais índices acionários em Nova York operavam em alta, com investidores reagindo aos dados fracos do índice gerente de compras (PMI, em inglês) da Europa e dos Estados Unidos, que endossam a chance de pausa no ciclo de alta de juros nas duas regiões. Agentes de mercado mantêm, porém, certa cautela antes da decisão do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE) ao longo desta semana.
No mesmo horário, os títulos do Tesouro americano de dez anos operavam próximo da estabilidade, a 3,839%, e os de dois anos — mais sensíveis à política monetária — tinham alta de 0,7 ponto-base, a 4,857%. Nos EUA, os PMIs composto e de serviços também vieram abaixo dos dados registrados em junho e do consenso de mercado, ao passo que o PMI industrial, embora acima do esperado, ficou abaixo de 50, leitura que indica retração da atividade.
Agentes de mercado também se preparam para a divulgação, ao longo dessa semana, dos balanços referentes ao segundo trimestre de grandes empresas de tecnologia, como Alphabet, controladora da Google, da Microsoft e da Meta. As informações são especialmente importantes após Netflix e Tesla frustrarem o mercado com seus balanços.
O Ibovespa acelerava a trajetória de alta, impulsionado pelas ações da Vale e da Petrobras. Investidores reagem à divulgação dos dados PMIs da Europa e EUA. Os números no exterior antecedem as reuniões de política monetária do banco central americano e europeu, para as quais se espera um sinal de pausa no ciclo de aperto monetário.
No âmbito corporativo, as ON e PN da Petrobras subiam 1,80% e 1,95%, respectivamente, impulsionando o índice, em linha com a valorização dos contratos futuros do petróleo Brent, negociado acima de US$82 o barril.
As ON da Weg mais uma vez são destaque positivo na sessão ao subir 4,30%, projetando um forte volume de negócios. Na semana passada, a empresa divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre, com números que animaram os investidores.
Na ponta negativa, destaque para as ações units do BTG Pactual, as ON da IRB Brasil e da JBS, que cediam 1,29%, 12,27% e 1,99%, nessa ordem, pressionando o principal índice da bolsa.