BofA mantém recomendação equivalente à 'compra' para ações brasileiras, de olho em queda de juros

O BofA continua recomendando setores mais sensíveis aos juros

B3/Divulgação
B3/Divulgação

Por: Juliana Machado

O Bank of America Securities (BofA) manteve a recomendação de alocação em ações brasileiras acima do neutro, equivalente à compra – “overweight”, no jargão do mercado, mesmo depois de quatro meses de alta consecutiva do Ibovespa. A decisão acompanha os atuais níveis das taxa dos contratos de juros futuros de longo prazo, que continuam cedendo conforme a flexibilização monetária no Brasil avança.

Segundo relatório assinado pelo time de análise global do BofA, o cenário para os ativos brasileiros “está melhorando”, já que o fluxo de saída de fundos locais da bolsa está “finalmente diminuindo” e a alocação em ações permanece, no geral, ainda baixa. O Brasil é o único país com indicação “overweight” no portfólio do BofA para a América Latina, já que a recomendação da casa para o México é equivalente à neutra e para o Chile é equivalente à venda. Na Colômbia, Peru e Argentina, a instituição não tem exposição atualmente.

O BofA continua recomendando setores mais sensíveis aos juros – caso de XP, B3 e BTG Pactual no setor financeiro, além de Mercado Livre e Totvs no de tecnologia. Empresas altamente alavancadas, como Hapvida e Rumo, também estão entre as preferências, além de Equatorial, Copel e Eletrobras no setor de energia. Ainda entre as preferências setoriais, o BofA substituiu Raízen por Cosan e adicionou Assaí, também de olho na redução da Selic. “Gostamos de shoppings como um todo, mas substituímos Multiplan por Aliansce”, diz um trecho do relatório.

Ainda de acordo com o banco, PRIO é um dos nomes de boa oportunidade diante dos preços atuais e pela curva de crescimento da produção. No caso da Vale, o relatório destaca uma posição mais cautelosa devido ao desempenho do minério de ferro nos mercados globais, mesma leitura para o segmento de papel e celulose.