Balança comercial tem superávit de R$ 10,95 bilhões

O saldo para o mês de março é o maior desde o início da série histórica

Pixabay
Pixabay

Por Gabriel Ponte

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 10,95 bilhões em março, reportou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta segunda-feira.

O saldo para o mês de março é o maior desde o início da série histórica do Tesouro, em 1989. O montante registrado veio acima do consenso da Refinitiv, que apontava para superávit de US$ 9,05 bilhões no período.

As exportações somaram US$33,06 bilhões no mês passado, avanço de 7,5% na comparação com março do ano passado, quando somaram US$29,4 bilhões. Já as importações avançaram 2,4%, a US$ 22,1 bilhões, ante US$21,8 bilhões no mesmo período de 2022.

As exportações à China, Hong Kong e Macau, principais destinos dos produtos brasileiros, avançaram 12,3% na base anual, em termos de valor. As vendas totais para a Ásia cresceram 9,6% ano a ano.

Ainda na comparação anual, as vendas para a América do Norte cresceram 6,2% e as para a América do Sul, 9,2%. As exportações para a Europa avançaram 7,4%.

Projeções

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços projetou que a balança comercial brasileira irá registrar um superávit de US$84 bilhões neste ano. Caso se confirme a estimativa, o montante representaria alta de 36,8% em relação ao superávit registrado em 2022, de US$62,3 bilhões, ainda de acordo com dados do MDIC.

A pasta calculou que as exportações totais devem somar US$325 bilhões até dezembro, queda de 2,8% em comparação a 2022, quando registrou US$334 bilhões. Já as importações deverão somar US$241 bilhões, queda de 11,8% em comparação ao ano passado, quando atingiram US$273 bilhões.

Em fevereiro, o diretor de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão, já havia afirmado que o saldo comercial a ser registrado pelo país em 2023 deveria ser maior que o reportado em 2022. Segundo ele, o movimento decorre pela redução no valor total importado pelo Brasil, em razão da queda nos preços das commodities até então. Já as exportações, em sua leitura, permaneceriam estáveis.