Por: Fabricio Julião
As taxas dos juros futuros operavam sem direção única na manhã desta quarta-feira, em meio à espera de detalhes sobre o novo arcabouço fiscal após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar que terá reuniões “conclusivas” hoje para bater o martelo sobre a proposta.
Os vértices curtos e médios tinham alta nos primeiros negócios do dia. Por volta das 10h00, os DIs com vencimento em Jan/24 subiam 3,5 pontos-base, a 13,16%, enquanto os com vencimento em Jan/25 e Jan/27 avançavam 3 pontos-base, a 12,00% e 12,155%.
No mesmo horário, os DIs com vencimento em Jan/29 tinham leve baixa de 1 ponto-base, a 12,60%, enquanto os DIs com vencimento em Jan/31 estava em alta de 1 ponto-base, em 12,86%. Por fim, o DI com vencimento em Jan/33 recuava 2 pontos-base, a 12,98%.
As curvas dos juros futuros de médio e longo prazo encerraram ontem em queda após o anúncio de Haddad que entregaria a nova regra fiscal nesta semana. Agentes financeiros esperam que isso ajude a reancorar as expectativas inflacionárias e seja uma ferramenta útil para que o Banco Central comece o corte dos juros em breve.
No entanto, as taxas mais curtas ainda seguem entre estabilidade e alta em razão da manutenção do tom duro da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária do BC divulgado ontem.
A entidade monetária ressaltou que não mudará sua postura até que as expectativas inflacionárias estejam ancoradas, mas sinalizou que um novo arcabouço fiscal crível e sólido pode ajudar no objetivo de controlar a inflação no longo prazo.
No exterior, a taxa de juros do Tesouro dos Estados Unidos de 10 anos subia 3,5 pontos-base, a 3,606%, com a melhora do apetite ao risco.