Ibovespa renova máxima histórica após decisões de juros com otimismo pós-Fed

Principal índice da B3 chegou ao patamar dos 131 mil pontos

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Por: Luca Boni

O Ibovespa inicia a sessão desta quinta-feira em alta e renova sua máxima histórica. Investidores seguem reagindo às decisões de juros do Federal Reserve, do Banco Central do Brasil e do Banco Central Europeu, que animaram os mercados, principalmente a da autoridade monetária americana, que sinalizou cortes de taxas mais profundos que antes para 2024.

Perto das 10h20, o Ibovespa tinha alta de 1,23%, aos 131.062 pontos. Caso esse ritmo seja mantido, o volume deve chegar a R$24,1 bilhões, acima da média de 50 pregões.

Às 14h00, operava em alta de 1,05%, a 130.819 pontos.

Ontem a tarde, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) manteve as taxas de juro inalteradas num intervalo entre 5,25% e 5,5%, em linha com as expectativas. O que animou os investidores foram as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que falou em pelo menos três cortes nas taxas de juros em 2024.

Por aqui, já com o mercado fechado, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou os juros mais uma vez em 0,50 ponto percentual, levando a Selic para 11,75% ao ano., dentro do que era amplamente esperado pelo mercado.

Mas o que chamou atenção de grande parte dos analistas foi o tom mais ‘hawkish’, da autarquia, por não indicar aceleração dos cortes, além de manter o guidance para as “próximas reuniões”, no plural, indicando novas reduções de mesma magnitude pelo menos até março.

Hoje pela manhã, o Banco da Inglaterra (BoE) e o Banco Central da Europa (BCE) mantiveram a taxa básica de juros inalterada, em linha com o consenso dos investidores.

No cenário local, os dados de vendas no varejo brasileiro de outubro frustraram as expectativas, mostrando recuo na comparação sequencial. As vendas no varejo caíram 0,3% em relação a setembro, resultado que ficou bem aquém da expectativa de avanço de 0,2%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados divulgados mostraram que o setor varejista no Brasil está sentindo a pressão da taxa de juros elevada, o que inibe o consumo principalmente de bens mais duráveis.

Entre as ações, as maiores contribuidoras por pontos do Ibovespa eram as ON da Vale (VALE3), as PN da Petrobras (PETR4) e as ON da B3 (B3SA3), que avançavam 1,21%, 2,43% e 2,77%, respectivamente.

Em termos percentuais, os destaques positivos na B3 eram as ações ON da MRV (MRVE3), da Dexco (DXCO3) e as PN da Raízen (RAIZ4), que ganhavam 7,70%, 6,47%, e 5,28%, nesta ordem.

Na ponta negativa, figuravam as ON das Casas Bahia (BHIA3), da Natura (NTCO3) e da Magazine Luiza (MGLU3), que recuavam 3,77%, 3,42%, e 2,37%, na sequência.

(LB | Edição: Luciano Costa | Comentários: equipemover@tc.com.br)