Por: Luca Boni
O Ibovespa opera sem direção definida na manhã desta segunda-feira, com leve viés de alta, enquanto investidores repercutem os últimos balanços corporativos e as novas projeções do boletim Focus. Agentes de mercado calibram suas expectativas para uma semana agitada, com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e dados de inflação por aqui e no exterior.
Por volta das 10h20, o Ibovespa operava em alta de 0,27%, aos 119.825 pontos. O volume de negócios projetado é de R$14,5 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
Investidores digerem as novas projeções do boletim Focus, o primeiro após o Banco Central cortar a Selic em 50 pontos-base na semana passada. As estimativas diminuíram para a taxa básica de juros em 2023, 2024 e 2025. Para este ano, as projeções passaram de 12,00% para 11,75%; para o próximo ano, de 9,25% para 9,00%; e, para 2025, de 8,75% para 8,00%.
Agentes de mercado calibram suas expectativas para a ata da última reunião do Copom, que será divulgada amanhã. Após a divergência no comitê sobre a magnitude do corte na Selic, a ata deverá trazer mais informações sobre o porquê dessa decisão e detalhes dos rumos da política monetária para as próximas reuniões.
O sentimento de cautela paira sobre o mercado no início desta semana, com a expectativa pela divulgação de importantes dados de inflação, primeiramente na China, na quarta-feira, seguida pelos dos Estados Unidos, na quinta-feira, e aqui no Brasil, na sexta-feira.
Entre as ações, destaque para as ON da BB Seguridade que avançavam 3,17%, projetando um forte volume de negócios. Mais cedo, a companhia divulgou seu resultado do segundo trimestre, em que apresentou lucro líquido acima do consenso. Na última sexta-feira, a seguradora aprovou um programa de recompra de ações ordinárias, equivalentes a 9,56% dos papéis em circulação, no prazo de 18 meses.
Entre as maiores altas percentuais do Ibovespa figuravam as ON do Assaí, do Banco do Brasil e as PN do Bradesco, que subiam 2,70%, 1,04% e 0,74%, respectivamente.
Na ponta oposta, as ON da Vale caíam 0,40%, sendo a principal detratora do índice, em linha com a queda do contrato futuro do minério de ferro, que recuou 1,57% em Dalian, na China.