Ibovespa cai pressionado por Vale, em meio a maior aversão ao risco no exterior

Confira a abertura dos mercados nesta sexta (8)

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Por Luca Boni

Na volta do feriado pelo Dia da Independência, o Ibovespa opera em queda nos primeiros negócios. O movimento vem em linha com a aversão ao risco que predomina no mercado, diante das dúvidas sobre o crescimento da economia global. A Vale é destaque negativo e cai em linha com o minério de ferro, além de se ajustar às perdas dos recibos de ações, ou ADRs, ontem em Nova York.

Por volta das 10h20 desta sexta (8), o Ibovespa tinha uma queda de 0,68%, aos 115.253 pontos. O índice caminha para encerrar a semana com uma queda superior a 2%. O volume de negócios projetado para hoje é de R$17,7 bilhões, considerado mediano.

Investidores ajustam suas posições um dia após os mercados globais recuarem, depois de mais um dado forte da economia nos Estados Unidos e um dado fraco na China – que resultaram, por um lado, no aumento dos temores de uma política monetária ainda restritiva nos EUA e, por outro, em mais receios quanto a incentivos econômicos no gigante asiático.

Entre as ações, destaque para as ON da Vale, da Suzano e as da Ambev, que recuavam 2,38%, 3,57% e 1,29%, entre maiores detratoras em pontos do Ibovespa.

As ações de mineradoras e siderúrgicas caem em bloco, refletindo a notícia de que Pequim anunciou um aumento na fiscalização regulatória do mercado de minério de ferro para reduzir violações. A commodity engatou o segundo dia de queda consecutivo, e o Índice de Materiais Básicos perde 2,32% hoje, liderando as quedas entre os índices setoriais da B3.

Entre as maiores quedas percentuais, as ON da CSN Mineração, da CSN e da Petrorecôncavo cediam 2,56%, 2,63% e 2,76%, nesta ordem.

Na ponta oposta, em um início de sessão predominantemente negativo, as ON da Localiza, do Assaí e da Equatorial subiam 0,28%, 0,65% e 0,36%, na sequência, e eram as maiores contribuidoras em pontos do índice. As ON da São Martinho e da YDUQS avançavam 0,91% e 0,90%, respectivamente, nas maiores altas percentuais do índice.