Por: Patricia Lara
O Ibovespa abriu a sessão desta quarta-feira em queda, sob pressão de ações do setor Financeiro e de empresas com foco no mercado doméstico, enquanto o mercado assimila que o sinal de alívio na inflação de serviços não se prolongou em abril, o que pode manter o entrave para o corte da taxa básica de juros. A queda da bolsa ocorre mesmo com a recuperação das ações da Vale. No exterior, o Nasdaq sobe, após o resultado acima do esperado da Microsoft, mas tensões relacionadas ao setor bancário ainda pesam nos índices de Wall Street.
Por volta das 11h20, o Ibovespa caía 0,62%, a 102.583 pontos. As ON da B3 (B3SA3) retiravam mais de 100 pontos do índice, seguidas pelas ON (PETR3) e PN (PETR4) da Petrobras, que extraíam, juntas, cerca de 150 pontos. A maior queda percentual era das ON do GPA (PCAR3), que cediam 6,40%, seguidas pelas ON da Magazine Luiza (MGLU3), em queda de 2,69%.
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A prévia oficial da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15)apresentou desaceleração em abril, mas segue pressionada pelo grupo de Transportes, influenciado pelos preços dos combustíveis. O IPCA-15 avançou 0,57% neste mês, ante Consenso TC de 0,60% e 0,69% no mês anterior. Os dados de serviços, serviços subjacentes e ex-subjacentes aceleraram na comparação com o mês anterior, ligando um sinal de alerta para uma desaceleração mais lenta que o esperado nos núcleos.
Em Nova York, o Nasdaq subia 0,86%, e o S&P 500, 0,01%, enquanto o Dow Jones perdia 0,31%. A Microsoft avançava mais de 7% na Nasdaq após superar expectativas com receitas e resultados financeiros do último trimestre, com destaque na receita de negócios de nuvem inteligente. As ações da Alphabet subiam cerca de 2%, após a controladora do Google ter registrado ganhos acima do esperado no balanço, apesar de a receita ter crescido apenas 3% na base anual.
