Por: Fabricio Julião
As taxas de contratos dos juros futuros sobem nos primeiros negócios desta segunda-feira e o dólar oscila perto da estabilidade, com leve queda. Agentes financeiros digerem dados do Boletim Focus divulgado há pouco pelo Banco Central, com novo corte nas expectativas para a inflação deste ano, enquanto observam, por outro lado, os sinais de enfraquecimento da atividade da China, após dados de inflação piores do que o esperado e com o banco central chinês anunciando mais estímulos na segunda principal economia do mundo.
Por volta de 9h39, o dólar à vista tinha leve queda 0,13%, a R$4,8662, enquanto o dólar futuro recuava 0,17%, a R$4,886.
A moeda americana se fortalecia perante a maior parte de seus pares no mundo. Dentro de uma cesta de 22 divisas acompanhadas pela Mover, o dólar apreciava frente a 14. O Índice DXY avançava 0,19%, aos 102.464 pontos.
Por aqui, na agenda política, o mercado lida com o adiamento das votações do arcabouço fiscal e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Após o alívio com a aprovação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados na semana passada, o que deu suporte para ativos locais, os dois outros textos deverão ser votados apenas em agosto.
Os investidores observam ainda a revisão dos dados inflação para este ano, divulgadas no no Boletim Focus. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 foi de 4,98% para 4,95%, mantendo-se igual para os próximos três anos. Foi a oitava vez consecutiva que os economistas cortaram a projeção para o IPCA neste ano.
Os DIs comvencimentos em Jan/24 e Jan/25 operavam em altas de 2,5 pontos-base e 4,5 pbs, respectivamente, a 12,81% e 10,73%. Já as taxas dos contratos para Jan/27 e Jan/31 avançavam 6,0 pontos-base e 5,0 pbs, na mesma ordem, a 10,16% e 10,68%.
No exterior, uma parte da aversão ao risco se mantém após o índice de preços ao produtor chinês mostrar queda anual de 5,4% em junho, acima da baixa de 4,6% vista em maio. Já o índice de preços ao consumidor ficou estável em junho na comparação anual, depois de subir 0,2% em maio. A deflação maior que o esperado mostrou sinais de que a economia da China está perdendo força, reforçando a necessidade de estímulos à atividade. Nesta manhã, o banco central chinês anunciou que vai estender o apoio financeiro para o mercado imobiliário até o fim de 2024, entre outras medidas voltadas para o segmento.