Dólar recua para R$4,98 com boletim Focus e “Super Quarta” no radar

A moeda americana cedia perante a maior parte dos pares

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Por: Fabricio Julião

O dólar opera em baixa nesta segunda-feira, em correção ao movimento da sessão passada, enquanto as taxas de contratos dos juros futuros oscilam, com viés de alta, com investidores digerindo as revisões do boletim Focus e à espera das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.  

Por volta das 9h25, o dólar à vista caía 0,60%, a R$4,9850, enquanto o dólar futuro tinha baixa de 0,71%, a R$4,984. 

A moeda americana cedia perante a maior parte dos pares acompanhados pela Mover. Em uma cesta de 23 divisas, o dólar tinha queda contra 18. Nesse contexto, o Índice DXY caía 0,13%, aos 106.447 pontos. 

A taxa de câmbio corrige o impulso do fechamento da última sexta-feira, quando o mercado se estressou com declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O chefe do Executivo disse que será difícil cumprir a meta de déficit zero no ano que vem, e que não tem a intenção de estabelecer um objetivo que o obrigue a iniciar 2024 realizando o corte de bilhões em obras que são “prioritárias”.

Hoje, os investidores digerem as revisões dos indicadores no boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Os economistas consultados pelo BC revisaram para baixo a expectativa de inflação para 2023, de 4,65% para 4,63% hoje. Em contrapartida, a projeção para o IPCA em 2024 foi de 3,87% para 3,90%. Também foram revisadas para baixa as estimativas do PIB neste ano, de 2,90% para 2,89%, enquanto a Selic para 2024 e 2025 recuaram, passando de 9,00% para 9,25%, e de 8,50% para 8,75%, nesta ordem. 

Com isso, os DIs com vencimentos em jan/25 e jan/27 tinham baixas de 4,5 pontos-base e 6,0 pbs, respectivamente, a 10,94% e 10,91%. Já o vértice para jan/31 recuava 5,0 pbs, a 11,54%. 

Investidores passam a destinar o foco às decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos que acontecerão na quarta-feira. A expectativa é de que tanto o Banco Central quanto o Federal Reserve optem pela manutenção das taxas de juros. 

(FJ | Edição: Leandro Tavares | Arte: Vinícius Martins | Comentários: equipemover@tc.com.br)