Por: Fabricio Julião
O dólar iniciou os primeiros negócios desta quarta-feira em leve queda ante o real, diante do arrefecimento da aversão ao risco no exterior. As taxas de contratos dos juros futuros, por sua vez, abriam ao longo da curva, em especial na ponta longa, com investidores de olho em sinais sobre a economia chinesa.
Por volta das 9h30, o dólar à vista tinha queda de 0,21%, a R$4,8894, enquanto o dólar futuro recuava 0,34%, a R$4,906.
A moeda americana tinha um desempenho misto no exterior nesta manhã, com menos fôlego perante seus pares do que nos últimos dias. Em uma cesta de 22 moedas acompanhada pela Mover, o dólar depreciava diante de 11. O Índice DXY recuava 0,01%, aos 102,536 pontos.
O arrefecimento da aversão ao risco ocorre depois da divulgação de novos dados na China. Embora dados industriais e comerciais recentes tenham decepcionados, refletindo uma atividade econômica mais fraca que o esperado, a inflação mostra sinais de controle. O índice de preços ao consumidor no país asiático caiu 0,3% em julho na comparação anual – a primeira deflação em mais de dois anos.
A retração dos preços na China colaborou para as bolsas asiáticas fecharem sem direção única, após tombo generalizado na véspera. Os futuros dos principais índices americanos subiam nesta manhã, enquanto o Ibovespa caía levemente.
Por aqui, os investidores digerem os dados de vendas no varejo, que ficaram estáveis em junho na comparação mensal, abaixo do consenso de variação de 0,40%. Na comparação anual, em contrapartida, as vendas avançaram 1,30%, ante expectativa de 0,35%. Os sinais de atividade econômica mais fortes impactam a curva de juros futuros, que operam em alta.
Perto das 9h25, os DIs com vencimentos em Jan/24 e Jan/25 subiam 0,5 ponto-base e 2,0 pbs, respectivamente, a 12,46% e 10,46%. Já as taxas dos contratos para Jan/27 e Jan/31 avançavam 5,5 pbs e 9,0 pbs, respectivamente, a 10,04% e 10,79%.