Por: Fabricio Julião
O dólar e as taxas de juros dos contratos futuros subiam nos primeiros negócios desta sexta-feira, com os agentes financeiros à espera da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na semana que vem, sobretudo depois do Federal Reserve decidir manter inalterada a taxa básica de juros americana. O movimento hoje ocorre após sucessivas quedas nos últimos dias tanto na curva dos DIs, quanto na taxa de câmbio, resultado da menor aversão ao risco no mercado local pelas perspectivas melhores para o Brasil.
Por volta de 9h35, o dólar à vista subia 0,30%, a R$4,8251, enquanto o dólar futuro avançava 0,17% no mesmo horário, a R$4,837. Os DIs com vencimentos em Jan/25 e Jan/27 avançavam, respectivamente, 3,0 pontos-base e 4,5 pbs, a 11,10% e 10,57%. A exceção era o contrato para Jan/24, que recuava 1,5 ponto-base, a 13,00%.
O dólar chegou a operar abaixo do patamar de R$4,80 no dia anterior, fechando em nova mínima desde junho de 2022. A moeda americana se desvalorizava frente a seus pares mais fortes, mas ganhava fôlego diante dos países emergentes, como Brasil, México e Índia.
Investidores voltam a atenção para a reunião do Copom na quarta-feira que vem, em buscas de sinais sobre o tom do BC, uma vez que os ativos precificam nova manutenção da taxa Selic. A dúvida dos economistas, porém, é de quando a autoridade monetária iniciará o ciclo de cortes de juros, com as apostas se dividindo entre agosto e setembro deste ano.
No exterior, o destaque do dia vai para o Japão, que manteve sua política monetária inalterada nesta madrugada, com a taxa de juros de curto prazo em -0,10%. O iene japonês era a moeda que mais se depreciava diante do dólar, dentro de uma cesta de 22 moedas acompanhadas pela Mover.
Em relação às commodities, a expectativa para o anúncio de mais estímulos econômicos na China deu suporte para o minério de ferro, que fechou em alta de 0,12% em Dalian, a 815 iuanes, ou US$114,48 a tonelada. Já o petróleo Brent futuro avançava 0,33%, a US$75,89 o barril.