WEG: Demanda industrial vê 'normalização' após anos aquecidos, diz diretor

Segundo o diretor financeiro, a empresa já passou por um bom momento

Facebook/WEG
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Por: Luciano Costa

A WEG (WEGE3) está sentindo uma desaceleração na demanda por parte de seus produtos, embora ainda não espere redução de receita, mas apenas um crescimento menor à frente, admitiu o diretor de Finanças e Relações com Investidores, Andre Salgueiro. Analistas de bancos disseram que o balanço da empresa sinalizou redução no ritmo de expansão, faturamento e margens, o que levou as ações a fecharem ontem na maior queda desde a pandemia, de 10,11%. 

Para o diretor administrativo financeiro, André Rodrigues, a empresa passou por um momento muito favorável de demanda por equipamentos industriais no mundo todo. “Já era esperado que em algum momento teríamos uma normalização e tudo indica que isso começou”, afirma Rodrigues. 

Segundo a companhia, a principal redução é pelos chamados negócios de ciclo curto, tanto no Brasil quanto no exterior. Nos de ciclo longo, a carteira de pedidos “continua bastante positiva”, com destaque para produtos para transmissão e distribuição de energia, segundo o diretor de RI. 

“Acho que é importante a gente pontuar que situações como essa a companhia já viveu diversas vezes em sua história. O que a WEG faz é sempre, com sua estratégia de longo prazo, buscar alternativas para momentos mais difíceis”, ressaltou Rodrigues. 

Apesar do cenário, a WEG não projeta redução dos investimentos em 2024, citando a perspectiva de aumento de capacidade em unidades fabris no Brasil, América do Norte e América Latina, além de aportes em uma fábrica dedicada a negócios de mobilidade elétrica.

No segmento de energia solar distribuída, que afetou negativamente o balanço da WEG devido às menores receitas, 2023 será um ano de “acomodação”, e há expectativa de que o mercado volte a crescer em algum momento de 2024, embora em nível menor que antes.

“Olhando nossos números, vemos uma queda menor que o que vem caindo. Estamos bem posicionados em um momento mais desafiador para esse mercado, mas estamos ganhando espaço”, disse Salgueiro, sobre as perspectivas para geração solar. 

(LC | Edição: Leandro Tavares| Comentários: equipemover@tc.com.br)