WEG avalia produção de turbinas eólicas nos EUA ou México

Movimento pode ocorrer após conclusão de parceria com Petrobras

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Por Luciano Costa

A WEG (WEGE3) está considerando produzir turbinas eólicas nos Estados Unidos ou no México, em um movimento que pode ocorrer após a conclusão do projeto de desenvolvimento de um novo modelo de turbina eólica em parceria com a Petrobras, disse à Mover o diretor João Paulo Gualberto.

A fornecedora brasileira de equipamentos elétricos, que fabrica aerogeradores em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, já iniciou projeto para entrar no mercado eólico indiano, com a produção no país asiático de máquinas de sua série de 4,2 megawatts em capacidade.

“Estamos ampliando a fábrica que temos perto de Bangalore justamente para poder ter capacidade de produzir aerogeradores. Então já existe um plano da WEG de produzir fora do Brasil, e a máquina nova é uma plataforma que também pretendemos levar para outros países, especialmente nas Américas”, disse Gualberto, que falou à Mover nos bastidores do evento Brazil Wind Power.

A máquina que a empresa desenvolve junto com a Petrobras deve ter produção iniciada em 2024, com fabricação em série prevista para a partir de 2025.

Segundo Gualberto, a WEG tomará uma decisão sobre a internacionalização da produção assim que o desenvolvimento for concluído, mas a companhia entende que poderia montar os aerogeradores em sua fábrica em Minneápolis, nos EUA, ou em uma unidade no México.

“Essas fábricas poderiam [produzir], talvez precisem de alguns investimentos, mas nada significativo. Vamos produzir onde o custo for menor. Estamos terminando o desenvolvimento em meados do ano que vem, e aí vamos decidir o que fazer em termos de fora do Brasil”, afirmou.

Após a conclusão do novo modelo, WEG também avaliará a produção de turbinas eólicas para parques offshore, instalados no mar, segundo o executivo.

“Essa decisão de fazer offshore ainda não foi tomada. Mas esse é um passo importante, estamos associando uma empresa que conhece muito bem aerogeradores com uma empresa com conhecimento de operações complexas em alto mar, a Petrobras”, disse Gualberto.

Analistas do Itaú BBA elogiaram o plano da WEG para um novo modelo de turbina eólica com a Petrobras, destacando que a empresa está desenvolvendo novos produtos e abrindo nvoas avenidas de crescimento, incluindo no promissor segmento offshore.

“As receitas potenciais para a WEG nesse negócio viriam na verdade no longo prazo, mas acreditamos que isso poderia acrescentar significativos R$1,4 bilhão por ano à receita da companhia quando ela chegar lá”, escreveu a equipe liderada por Daniel Gasparete.

Esta reportagem foi publicada primeiro no Scoop, às 12H39, exclusivamente aos assinantes do TC. Para receber conteúdos como esse em primeira mão, assine um dos planos do TC.