Vale (VALE3) não confirma oferta em unidade de metais básicos

Empresa reforça interesse na venda

Facebook/Vale
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Por Bruno Andrade

A Vale (VALE3) não confirmou que recebeu uma proposta de compra de 10% de participação em sua divisão de metais básicos, estimado em US$ 2,5 bilhões. “A empresa não têm conhecimento de qualquer fato relevante que possa justificar divulgação ao mercado”, afirmou a companhia nesta segunda-feira (22).

A nota acontece após o jornal Valor Econômico divulgar que a mineradora recebeu uma proposta de interessados em adquirir essa fatia.

Ainda assim, a Vale comentou que pretende firmar um acordo com um parceiro estratégico para vender uma participação minoritária em seu negócio de Metais para Transição Energética.

“Esse tema foi apresentado no Vale Day 2022, reunião anual com investidores, transmitida ao vivo de forma aberta ao público no dia 7 de dezembro de 2022, conforme transcrição disponível no website da Vale”, disse a companhia.

Por fim, a empresa comentou que segue trabalhando na cisão do negócio de Metais para Transição Energética, que será consolidado em uma nova empresa, com modelo de governança próprio.

Proposta da Vale agrada o mercado

Para os analistas da Genial Investimentos, a venda de uma participação minoritária na unidade de metais básicos deve “destravar valor para os acionistas da Vale”.

“Além disso, a negociação vai trazer um player experiente para auxiliar no aumento de produção. A eventual cisão da unidade deve refletir em uma renegociação dos seus múltiplos, graças ao posicionamento dos seus ativos em um setor de grande potencial”, afirmaram os especialistas da corretora. A Genial Investimentos manteve sua recomendação de compra para a Vale após a notícia.

O mesmo foi dito pelos analistas do BTG Pactual. Em relatório divulgado nesta sexta-feira (19), os especialistas mantiveram a recomendação de compra para empresa após os rumores da venda dos metais básicos.

“Vemos a potencial monetização de metais básicos (esperada para o primeiro semestre de 2023) como um incremento positivo para investidores de longo prazo”, disseram Leonardo Correa e Caio Greiner, que assinam o relatório do BTG.

Vale passa a ser um investimento de alto risco

Embora eles tenham dito que estão otimistas, os analistas também não negam que a Vale voltou a ser um investimento de alto risco para o investidor por causa de “uma série de contratempos que a empresa vem passando”.

“A reabertura da China e chamada de reaceleração provou ser muito pouco intensiva em commodities e tem decepcionado ultimamente também”, explicaram os especialistas.

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