Usiminas estuda desligar um alto forno devido a mercado desafiador para aço

"Com o retorno do AF3, conseguimos manter o nível produtivo que temos hoje usando apenas dois fornos", disse o CFO

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Por: Luciano Costa

A Usiminas (USIM5) avalia desligar um de seus alto fornos menores, após ter retomado operações do Alto Forno 3 na sequência de uma reforma, devido ao atual momento desafiador do mercado de aço, disse o diretor financeiro, Thiago Rodrigues.

“Com o retorno do AF3, conseguimos manter o nível produtivo que temos hoje usando apenas dois fornos. Neste momento, estamos fazendo as contas para essa tomada de decisão”, disse o CFO, ao participar de evento com investidores e analistas.

“A intenção não era reduzir operação de fornos. A Usiminas e preparou e está preparada para aumentar a produção, mas agora, com a situação do mercado e as importações… nos encontramos em uma situação em que não temos perspectiva de aumento”, explicou.

A Usiminas investiu R$2,7 bilhões no AF3,e o ´ramp-up´, inicado em novembro, está indo melhor que o previsto, disse o executivo, o que deverá apoiar principalmente os resultados do primeiro e segundo trimestre de 2024, devido aos menores custos dessa unidade.

Uma das preocupações que explica os estudos sobre parar um AF é o aumento das importações de aço da China, assunto que levou o setor siderúrgico a pedir ao governo por uma maior taxa para essas importações. Ainda não há resposta oficial sobre a demanda.

Apesar disso, as perspectivas para 2024 são “levemente positivas quando comparadas a 2023”, disse o CFO, projetando crescimento de alguns setores demandante de aços e estabilidade em outros. O segmento automotivo deve ser destaque, com expansão de 5%, enquanto bens de capital deve recuar 0,1%.

(LC | Edição: Luca Boni | Comentários: equipemover@tc.com.br)