São Paulo, 21/05/2025 – Depois de um período focada na busca por oportunidades de expansão, que agora parece encerrado com a aquisição de 100% do campo de Peregrino, a petroleira Prio pode começar a pagar dividendos no curto prazo, disseram analistas do UBS-BB, projetando potencial para distribuição já em 2026.
Em um cenário-base, a Prio poderia ter proventos que representariam um rendimento ao acionista de 8% já em 2026, mesmo com preços do petróleo no patamar atual, próximo dos US$65 por barril, calculou equipe do UBS-BB, formada por Tasso Vasconcellos, Matheus Enfeldt e Victor Modanese.
“Acreditamos que tal alternativa poderia atrair novos investidores, apoiando não somente à nossa recomendação de ´compra´, mas também como uma das ´top picks´”, acrescentaram os analistas.
PROJEÇÕES
Na visão do UBS-BB, a PRIO deve gerar fluxo de caixa livre de US$1 bilhão em 2026 e US$2,7 bilhões em 2027, o que permitiria dididendos de 8% e 19% de yield, respectivamente.
Com petróleo a US$70/barril, o dividend yield de 2026 poderia ir a 10%, enquanto um recuo para os US$60/bbl diminuiria os proventos para 7%, de acordo com o UBS-BB. A Prio ainda conseguiria distribuir yield de 5% mesmo com petróleo a US$55/bbl.
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“Após a incorporação de Peregrino, o primeiro óleo de Wahoo, e assumindo operações normalizadas em todos campos, vemos a PRIO sendo capaz de entregar um fluxo de caixa livre anual de US$2,5 bilhões com Brent a US$65/bbl”, explicaram os analistas do banco.
A alavancagem, que deve subir para mais de 2x neste ano, com a compra de Peregrino, voltaria a menos de 1x no final de 2026, sem prejudicar as distribuições, segundo o UBS-BB.
Antes, analistas da Genial Investimentos também haviam destacado que a Prio sinaliza mudar o foco para dividendos em 2026.
PREÇOS-ALVO
O UBS-BB tem recomendação de ´compra´ para PRIO, embora tenha reduzido ligeiramente o preço-alvo dos papéis de R$60 para R$57, com ajustes no modelo. A Genial também tem visão de ´compra´ na ação, com preço-alvo de R$66.
