Subsidiária da Vibra (VBBR3), Comerc, avalia venda de complexo solar, dizem fontes

Auren Energia (AURE3) é uma das interessadas

Pixabay
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Por: Luciano Costa e Arthur Horta

A Comerc, da Vibra Energia (VBBR3), está avaliando vender o parque solar Hélio Valgas, um dos maiores do Brasil, que acaba de entrar em operação em Minas Gerais, em potencial negócio que tem sido analisado por empresas incluindo a Auren Energia (AURE3), disseram à Mover três fontes a par do assunto.

O braço de renováveis da Vibra contratou o BTG Pactual para estudar alternativas para a usina solar, o que poderia envolver a venda ou parcerias. A decisão de se desfazer do ativo ainda não está tomada, e vai depender de fatores incluindo a qualidade das propostas recebidas, disseram as fontes, que falaram sob condição de anonimato.

“O processo começou agora, mas o mercado não está bom”, disse uma das fontes, acrescentando que os juros ainda elevados no Brasil têm segurado operações de fusões e aquisições. Para essa pessoa, isso poderia postergar o fechamento da operação para 2024.

Procurada, a Comerc Energia não quis comentar, assim como a Auren. O BTG também não comentou. Segundo duas das fontes, o objetivo do negócio para a Comerc seria permitir “reciclagem de capital”, antecipando retornos com a venda para investir em outros negócios.

A Auren, que tem forte posição de caixa e já admitiu publicamente avaliar a compra de ativos de energia em operação, está entre as empresas de olho no parque solar Helio Valgas, assim como outros grupos, muitos de perfil financeiro, disseram duas das fontes.

O parque solar da Comerc recebeu cerca de R$2 bilhões, e faz parte de um programa de investimentos de R$6 bilhões da companhia desde o ano passado até 2024. Com 622 megawatts em operação, é a quinta maior usina fotovoltaica do Brasil, e tem a produção vendida para grandes clientes que atuam no chamado mercado livre de energia.

Com negócios em geração renovável, serviços em energia, baterias e outros, a Comerc foi uma aposta da Vibra para se tornar uma empresa de energia, e não só uma distribuidora de combustíveis. O negócio foi fechado na passagem do ex-Eletrobras Wilson Ferreira pelo comando da companhia, em 2021, e envolveu investimentos de R$3,25 bilhões por 50% da empresa.

Essa reportagem foi publicada com exclusividade para os assinantes do TC no dia 04 de outubro às 16h11min. Para ler o conteúdo sempre com exclusividade, assine um dos planos do TC.