Sócios do 3G Capital podem oferecer até R$12 bilhões a credores no caso Americanas, dizem fontes

Outras duas pessoas que participam das negociações afirmaram ao Scoop que dificilmente algum acordo será fechado por menos de R$15 bilhões

Agência Brasil
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Por Bruna Narcizo

Os sócios do 3G Capital, Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles, Carlos Alberto Sicupira, Alex Behring e Roberto Thompson Motta, podem injetar até R$12 bilhões na Americanas, disseram ao Scoop duas fontes com conhecimento do assunto.

Ontem à noite, o 3G ofereceu R$10 bilhões aos bancos credores, mas o acordo não foi formalizado porque não houve uma conclusão de que o montante seria suficiente.

Há pouco menos de um mês, a empresa publicou uma lista atualizada da dívida no processo de recuperação judicial no valor total de R$42,5 bilhões – dos quais $15,2 bilhões são devidos aos principais bancos do país, entre eles o Itaú, o Santander e o Bradesco.

“Ao se disporem a pagar R$12 bilhões, os sócios do 3G estão também dispostos a desembolsar mais do que a Americanas valia antes do escândalo, que era R$11 bilhões. A ideia deles é mostrar a intenção de resolver o problema”, disse uma das fontes.

Outras duas pessoas que participam das negociações afirmaram ao Scoop que dificilmente algum acordo será fechado por menos de R$15 bilhões.

Em meio às conversas, Lemann, que vive no exterior, tem dito a interlocutores que pretende vir ao Brasil até o fim de março.

Em fevereiro, o Scoop noticiou que a Hortifruti e a Uni.Co, duas empresas controladas pela Americanas, estariam à venda, assim como a Rede Vem Conveniência, sociedade da varejista com a Vibra Energia. Fontes afirmaram à reportagem na ocasião que esses ativos podem valer R$5 bilhões.

Procurados, o 3G Capital e a Americanas ainda não retornaram os pedidos de comentários do Scoop

*Esta reportagem foi publicada primeiro no Scoop, às 15h33, exclusivamente aos assinantes do TC. Para receber conteúdos como esse em primeira mão, assine um dos planos do TC.