Presidente da Petrobras espera perfurar Margem Equatorial até junho de 2024

O CEO da Petrobras destacou a alta dos papéis da companhia

Agência Brasil
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Por: Simone Kafruni

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta quarta-feira que a expectativa da empresa é perfurar na Margem Equatorial, na Foz do Amazonas, no Amapá, ainda no primeiro semestre de 2024. “No mais tardar, ao longo do próximo ano”, disse ele, durante evento Caminhos para transição energética justa no Brasil.

Segundo Prates, depois da descoberta ou da confirmação de uma reserva na área, o Brasil terá a responsabilidade de decidir enquanto Estado brasileiro se quer produzir ou não. “E, ao produzir, decidir para onde irão as receitas governamentais advindas daquelas áreas”, destacou.

Ele afirmou que ninguém tem dúvida de que a Petrobras é o melhor e mais habilitado operador de petróleo para fazer essa operação. “Se isso não acontecer agora, não acontecerá mais. E se não for feito pela Petrobras, ninguém mais fará”, ressaltou.

Prates disse que na Margem Equatorial as condições de exploração são bem menos inóspitas do que no offshore. “Tanto a costa do Amapá quanto a do Rio de Janeiro não se comparam com Mar do Norte. Nosso litoral tem muito menos intempéries”, comparou. “Na Margem Equatorial, a profundidade nos permite entrar com estruturas fixas ou estaiadas”, completou.

VALORIZAÇÃO

O CEO da Petrobras destacou a alta dos papéis da companhia. “A valorização da empresa em ação e em valor real foi de mais de 60%”, disse. Segundo ele, quando o governo decidiu acabar com o Preço de Paridade de Importação (PPI), o mercado reagiu bem. “Conseguimos explicar que essa medida era essencial para a empresa”, disse.

Ao mudar a regra de distribuição de dividendos, segundo Prates, as ações também subiram. “Novamente, conseguimos mostrar que aquilo também era importante para a transição da empresa. A Petrobras mostrou que a nova estratégia comercial deu certo.”

Sobre projetos eólicos e solares, Prates destacou que a Petrobras já é a maior desenvolvedora do Brasil, ao anunciar dez novas áreas, além das sete que já opera em parceria com a Equinor. “Temos anunciado evoluções na exploração offshore, agora com ventos. E vamos entrar em terra logo, com projetos solares e eólicos híbridos”, afirmou.

No refino, o CEO da petroleira disse que a companhia caminha para patentear e processar óleo vegetal em refinarias. “Será diferente do biodiesel. Vamos inserir 5% de óleo vegetal na origem [na produção] da Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas) e capacitar outras quatro refinarias até o fim do ano: RPBC (Refinaria Presidente Bernardes), Cubatão, Paulínia e Reduc (Refinaria Duque de Caxias). Além disso, vamos evoluir para novas tecnologias, como baterias e armazenamento de energia”, concluiu.