Prates diz que Petrobras (PETR4) tem preferência no caso Braskem (BRKM5) e trabalha no caso internamente

Presidente da petroleira comentou sobre o tema

Tomaz Silva/Agência Brasil
Tomaz Silva/Agência Brasil

Por Simone Kafruni

O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates (PT), disse que a companhia está confortável com o direito de preferência no caso Braskem (BRKM5) e que trabalha internamente para evitar especulação. “Não podemos dizer nada, temos mantido uma posição inerte”, disse, ao deixar o Palácio do Planalto, após reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Envolvida em crimes socioambientais em Alagoas, pela mineração de sal-gema em Maceió, provocando afundamento do solo, a Braskem teve R$1,1 bilhão retido pela Justiça e está na mira de várias empresas.

A brasileira Unipar, líder em produção de cloro e soda na América do Sul, e o consórcio formado pela Adnoc, estatal de petróleo de Abu Dhabi, e pelo fundo de private equity americano Apollo já mostraram interesse em comprar a Braskem, maior petroquímica da América Latina.

A Petrobras tem direito de preferência, como ressaltou Prates, mas não quer fazer alarde para que os lances para a compra da Braskem não subam além das possibilidades da petroleira brasileira.

Margem equatorial

O presidente da Petrobras também comentou sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, na Foz do Rio Amazonas, proibida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “A sonda foi retirada de lá, está na Bacia de Campos fazendo serviços de curta duração, enquanto aguardamos a resposta do Ibama”, explicou.

Prates disse que a empresa fez toda uma complementação na solicitação de autorização de acordo com as exigências colocadas pelo Ibama. “Mas precisávamos fazer o uso da sonda. Não posso apressar o órgão ambiental. Ele tem autonomia e a nossa gestão respeita muito isso”, destacou.

A reunião com o vice-presidente Alckmin, segundo Prates, foi para ver como a Petrobras pode colaborar com o processo de reindustrialização do país. “O vice-presidente tem uma preocupação com o processo de retomada da industrialização do Brasil. A Petrobras tem uma equipe numerosa em vários setores e vamos ver como contribuir dentro do escopo da empresa”, detalhou.