Petrobras (PETR4) diz que recebeu carta da Apollo sobre compra de ações Braskem (BRKM5)

Analistas do UBS BB veem baixa possibilidade do negócio seguir

Pixabay
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Por Bruno Andrade

Petrobras (PETR4) comentou que recebeu uma carta da Apollo e da ADNOC com informações sobre a proposta não vinculante para aquisição da participação da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem (BRKM5), informou a companhia em documento enviado ao mercado nesta sexta-feira (19).

Segundo a Petrobras, as proponentes manifestaram interesse em discutir potenciais negócios com a petroleira.

“A Companhia reforça o seu compromisso com a ampla transparência dos processos de desinvestimentos e de gestão de seu portfólio e que fatos relevantes serão tempestivamente divulgados ao mercado”, disse a estatal.

Petrobras pode não ceder preferência sobre Braskem

Embora o mercado tenha apresentado otimismo com a compra de ações da Braskem pelo fundo Apollo nos últimos dias, analistas do UBS disseram que que a expectativa é de que as negociações não caminhem. O primeiro motivo seria que o valor pago por ação à vista, que pode ficar entre R$ 27 e R$ 30, não agrada a muito a Novonor.

Outro ponto levantado pelos analistas é que ao invés da Petrobras ser um vendedor, a companhia estaria interessada em aumentar a sua participação na Braskem, o que deixa a proposta do fundo Apollo praticamente descartada, visto que a petroleira tem preferência na aquisição das ações da Braskem.

“O Presidente Lula, demonstrando interesse em aumentar o controle da Petrobras sobre setores ou empresas, achamos que outras ofertas podem pelo menos ser discutidas”, explicaram Carvalho, Vasconcellos e Enfeldt.

Na véspera, o UBS BB rebaixou a recomendação da Braskem (BRKM5) de compra para neutra. A decisão do banco aconteceu após o bom desempenho das ações nos últimos dias. No acumulado de um mês, as ações da Braskem sobem 18%.

“O valor atual da ação está em linha com as médias históricas, implicando um potencial de alta limitado, baseado exclusivamente sobre os fundamentos da empresa”, disseram os analistas Luiz Carvalho, Tasso Vasconcellos e Matheus Enfeldt, que assinam o relatório.

Os analistas possuem preço-alvo de R$ 26 para o final de 2023. A cifra equivale a uma potencial alta 11,2% na comparação com o fechamento desta quarta-feira (17).

Veja o documento: