Por Stéfanie Rigamonti
A Petrobras (PETR4) enviou um comunicado ao mercado no início desta tarde reafirmando compromisso com a prática de preços competitivos e informou que não recebeu nenhuma proposta do Ministério de Minas e Energia de mudança na política de reajuste de combustíveis.
O comunicado é uma resposta a falas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), que disse nesta manhã, em entrevista à GloboNews, que a Petrobras já está orientada a discutir a política de preços da estatal. Segundo Silveira, a mudança na política de reajuste de combustíveis deve levar à redução no preço do diesel entre R$0,22 e R$0,25.
“Quaisquer propostas de alteração da política de preços recebidas do acionista controlador serão comunicadas oportunamente ao mercado, e conduzidas pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia”, informou a Petrobras no comunicado.
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A estatal explicou que os ajustes de preços de combustíveis são realizados a partir de um contínuo monitoramento dos mercados, inclusive com análise diária do comportamento das cotações internacionais, bem como market share, ou quota de mercado, dentre outras variáveis.
Em entrevista à GloboNews, Silveira classificou como “absurdo” o Preço de Paridade de Importação (PPI), que baseia o reajuste de combustíveis da Petrobras nas oscilações do dólar e da cotação do barril de petróleo Brent no mercado internacional. Segundo o ministro, o Brasil precisa de preços que estimulem a competitividade interna. “Queremos referência de preços do que somos autossuficientes”, declarou. Ele não detalhou, contudo, as alternativas estudadas.
Logo após as falas, as ações da petroleira derretaram cerca de 3%. Perto das 14h05, as preferenciais arrefeciam a queda e caíam 0,99% na B3, a R$24,03, enquanto as ordinárias recuavam 0,91%, a R$27,11. No anos, os papéis perdem 1,96% e 3,28%, respectivamente.
