Petrobras (PETR4): Conselho decide suspender venda de ativos

Decisão acontece em dia de posse de nova diretoria

Pixabay
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Por Bruno Andrade

O conselho de administração da Petrobras (PETR4) aceitou o pedido do Ministério de Minas e Energia para suspender a venda de ativos da petroleira, de acordo com informações divulgadas pela da CNN Brasil nesta quarta-feira (29). Segundo a emissora, a transferência de outros seis ativos, que já estão com contratos assinados, vai continuar conforme acordado anteriormente.

A decisão acontece no dia em que a nova diretoria da Petrobras, indicada pelo governo Lula, assume o controle da petroleira. O mandato dos novos diretores vai de 29 de março de 2023 até 13 de abril de 2025.

Após o fechamento do mercado, a Petrobras comunicou que o Conselho de Administração estudará a matéria, caso a nova gestão, recém-empossada, decida por propor a revisão do “Plano Estratégico”.

“Vale notar que esta revisão não deverá incluir os desinvestimentos já em fase de assinatura e fechamento de contratos de forma a cumprir plenamente os direitos e as obrigações já assumidas pela Companhia”.

“Todas as negociações com calendários e datas inclusive já definidas para ocorrer, ao longo dos quatro trimestres de 2023, serão mantidas para com o objetivo de não causar qualquer dano às partes envolvidas nas negociações”, disse a Petrobras.

No último dia 17, a antiga diretoria da Petrobras, indicada pela gestão Bolsonaro, negou a suspensão da venda de ativos como a refinaria Lubnor, no Ceará, e campos de produção no Rio Grande do Norte e Espírito Santo.

“Foi realizado estudo preliminar sobre os processos de desinvestimentos em curso e, até o momento, não foram verificados fundamentos para a suspensão dos contratos assinados”, explicou a nota. A Lubnor foi vendida em maio de 2022 por US$ 34 milhões.

Mais cedo, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enviou ofício para a Petrobras (PETR4) pedindo a suspensão da venda de ativos da petroleira pelo prazo de 90 dias.

“O pedido de reexame da questão dos desinvestimentos a partir da eleição da nova Diretoria Executiva, indicada pelo atual Presidente da Petrobras, se justifica para que sejam preservados os interesses nacionais, respeitando-se as regras de governança da Companhia”, diz a nota.